Casal de empresárias é vítima de homofobia no Rio de Janeiro
A cliente da doceria ficou inconformada ao saber que as duas eram proprietárias do estabelecimento
Um caso recente de homofobia chamou a atenção dos moradores de Resende, no Rio de Janeiro. Por meio das redes sociais, um casal de empresárias, donas de uma doceria na cidade, relatou ter sido vítima de preconceito por uma cliente que ficou inconformada com a homossexualidade das duas.
Sem saber que as mulheres eram as proprietárias da loja, a cliente enviou uma mensagem via WhatsApp pedindo para falar com o dono do estabelecimento e alegou ter se sentido constrangida ao ser atendida por uma “moça”, entre aspas.
A mulher, que não teve a identidade revelada, afirmou se sentir envergonhada porque sua amiga, que seria “uma mulher da igreja”, teria ficado aborrecida porque já tinha recebido doces do local.
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Nas mensagens, a cliente pergunta se pode fazer uma sugestão e fala: “Compro sempre os doces da sua empresa, mas por telefone, o entregador traz. Mas vi na página que tem uma barraquinha também, ali no Campos Eliseos. É de vocês mesmo não é?”, diz.
“Fui lá! Os doces são divinos, a ‘moça’ que me atendeu foi muito simpática também, uma de cabelo curto. Mas fui com uma amiga e confesso que fiquei constrangida, minha amiga é da igreja e não ficou confortável em ser atendida por ela. Acabou ficando aborrecida comigo pois já dei alguns doces que comprei de vocês para ela”, continuou.
“Não entendi”, respondeu Enayle Psi, de 27 anos, uma das proprietárias da doceria.
“Olha, não quero ofender sua funcionária. Não tenho nada contra, mas como sua empresa trabalha com os mais diversos tipos de pessoas, não acho que passe uma boa imagem uma sapatão atendendo. Acho que deveria selecionar melhor quem vai ficar cara a cara com seus clientes”, afirmou a mulher.
Ao perceber que se tratava de um caso claro de homofobia, a empresária respondeu. “Vou me reservar no direito de não contestar tudo o que você acabou de me dizer. Quanto a Natali, a MOÇA (sem aspas) simpática que te atendeu, ela não é minha funcionária. É sócia igualitária, além de ser minha noiva e um ser humano maravilhoso. Sendo assim, ela continuará sim cara a cara com os clientes, pois está é a cara da nossa empresa, diversidade, respeito, amor”, afirmou ela.
“Esperar o que de duas mulecas, que não sabem nada da vida. Continuem vendendo doce mesmo, não vão conseguir nada além disso com essa escolha que fizeram (sic)”, rebateu a cliente.
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