Caseiro é preso por engravidar enteada de 11 anos

A mãe sabia dos abusos, mas não fez nada para denunciar o homem

A violência sexual contra a menina ocorreu durante dois anos, entre 2015 e 2016
Créditos: Istock/Mortotion
A violência sexual contra a menina ocorreu durante dois anos, entre 2015 e 2016

Um caseiro foi preso em Corumbá (MS), a 427 km da capital Campo Grande, acusado de engravidar sua enteada, quando ela tinha apenas 11 anos de idade. As informações são do portal Universa.

Segundo a polícia, a mãe da criança também foi detida porque sabia dos casos de abuso sexual e não agiu para denunciar o homem. A prisão do casal ocorreu no último dia 8, na casa da mãe do suspeito.

Eles estavam foragidos desde junho do ano passado e chegaram a se esconder em fazendas no Mato Grosso do Sul, onde o homem trabalhava como caseiro, e na Bolívia. O suspeito ainda é investigado pelo estupro de três menores, de 5, 8 e 13 anos.

Violência sexual

A violência sexual contra a enteada aconteceu durante dois anos, entre 2015 e 2016. Hoje aos 15 anos, a menina morava com a mãe, de 28 anos, e o padrasto, de 47, em Ladário, cidade próxima a Corumbá.

A vítima tinha medo de relatar o que ocorria, pois ele a ameaçava de morte. O caseiro cometia os abusos quase que diariamente.

O homem costumava tocar a garota à noite, mas um dia o abuso chegou à relação sexual. Neste momento, ela decidiu contar para a mãe.

Quando soube dos estupros, a mulher não tomou providências. Familiares que ficaram sabendo do crime comunicaram o Conselho Tutelar, que acionou a polícia.

Em 2018, o casal foi denunciado Ministério Público Estadual por estupro de vulnerável resultando em gravidez e a mãe com o agravante de omissão. Eles abandonaram a criança e fugiram.

Ao ser encontrado e preso pela polícia, o suspeito assumiu ter engravidado a enteada e justificou afirmando que ela o procurava, se “engraçando” para ele.

A menor foi levada, à época, para a casa de acolhimento Amparo da Juventude, em Ladário. Antes de dar à luz, foi acolhida pela família de um tio materno.

Hoje, ela, a filha e os familiares são acompanhados por dois centros de referência de assistência social no município, um focado na prevenção e outro no tratamento de situações de vulnerabilidade social e risco.

DENUNCIE – DISQUE 100

Saiba a quem recorrer em caso de suspeita de violência sexual infanto-juvenil:

Conselhos Tutelares – Os Conselhos Tutelares foram criados para zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes. A eles cabe receber a notificação e analisar a procedência de cada caso, visitando as famílias. Se for confirmado o fato, o Conselho deve levar a situação ao conhecimento do Ministério Público.

Varas da Infância e da Juventude – Em município onde não há Conselhos Tutleares, as Varas da Infância e da Juventude podem receber as denúncias.

Outros órgãos que também estão preparados para ajudar são as Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e as Delegacias da Mulher. (Fonte: Unicef)

Veja aqui mais informações sobre a denúncia deste tipo de crime.