Cinco pessoas estupram jovem de 12 anos, filmam e divulgam na web

O caso aconteceu no Distrito Federal

10/10/2018 18:18 / Atualizado em 05/05/2020 11:59

Adolescente foi vítima de estupro coletiva no DF
Adolescente foi vítima de estupro coletiva no DF - Reprodução/Facebook

A Polícia Civil de Santa Maria, no Distrito Federal, está investigando um estupro coletivo praticado contra um adolescente de 12 anos. O crime chegou ao conhecimento das autoridades após os acusados divulgarem um vídeo do ato criminoso nas redes sociais.

Nas imagens, é possível ver o menor de idade amordaçado, seminu e com cordas amarradas no pescoço. Ainda, a vítima é agredida fisicamente e humilhada por um dos acusados.

De acordo com o chefe da 33º Delegacia de Polícia (Santa Maria), Rodrigo Têlho, ao todo, cinco pessoas teriam participado da ação ocorrida na semana passada.

Até o momento, os investigadores prenderam uma mulher maior de idade que teria participado do crime. Além dela, um homem maior de 18 anos e três garotos menores de idade também estão sendo acusados pelo estupro coletivo. Todos eles já foram identificados pela polícia.

“A criança era constantemente humilhada pelos autores. A vestiam de mulher, introduziram cabos de ferro e de martelo no seu ânus. A sacaneavam em troca de drogas”, disse o delegado.

A mulher foi presa em flagrante pois estaria divulgando o vídeo na internet e responderá por injúria, estupro de vulnerável, lesão corporal, crimes praticados contra a criança e adolescente, além de tráfico de drogas e ameaça. Já o outro acusado, também maior de idade, teve prisão temporária pedida à Justiça.

Os adolescentes envolvidos no caso serão encaminhados à Delegacia da Criança e do Adolescente.

A polícia teve conhecimento do crime após uma denúncia feita pelo Conselho Tutelar da região, que ficou sabendo do caso após o vídeo ser compartilhado em uma comunidade on-line.

De acordo com informações do site “Metrópoles”, o conselheiro Hessley Santos disse que o vídeo foi divulgado inicialmente em um grupo de moradores do condomínio Porto Rico, que reportaram o caso ao Conselho Tutelar.

“O garoto disse que os acusados iriam jogá-lo no córrego para matá-lo, mas desistiram da ideia. Eles rasparam a sobrancelha do menino, torturam e cometeram abuso sexual”, informou.

Ainda segundo Santos, a vítima mora com a avó, no entanto, ela não tem condições de garantir a segurança dele. Por isso, os conselheiros encaminharam o adolescente para uma unidade de acolhimento institucional, onde aguarda decisão judicial.

DENUNCIE – DISQUE 100

Saiba a quem recorrer em caso de suspeita de violência sexual infanto-juvenil:
Conselhos Tutelares – Os Conselhos Tutelares foram criados para zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes. A eles cabe receber a notificação e analisar a procedência de cada caso, visitando as famílias. Se for confirmado o fato, o Conselho deve levar a situação ao conhecimento do Ministério Público.
Varas da Infância e da Juventude – Em município onde não há Conselhos Tutleares, as Varas da Infância e da Juventude podem receber as denúncias. 
Outros órgãos que também estão preparados para ajudar são as Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e as Delegacias da Mulher. (Fonte: Unicef)