Criança escreve bilhete para avó sobre abuso sexual de padrasto

“A mesma coisa que ele faz com a mamãe, também faz comigo”, dizia a carta.

Menina de 9 anos escreveu bilhete para a avó relatando abuso sexual
Créditos: Reprodução
Menina de 9 anos escreveu bilhete para a avó relatando abuso sexual

A avó de uma criança de 9 anos de idade denunciou o padrasto da menina no Conselho Tutelar da Zona Leste de Manaus, por abuso sexual.

O fato ocorreu depois que a vítima escreveu um bilhete pedindo para morar com a avó e relatando os estupros. “A mesma coisa que ele faz com a mamãe, também faz comigo”, dizia a carta.

De acordo com o “G1”, um boletim de ocorrência foi registrado na última segunda-feira, 1º, na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente.

“Foi a avó que, depois que recebeu o bilhete da neta, veio aqui procurar ajuda porque não sabia o que fazer. Ela mostrou o bilhete para a gente, trouxe a criança e a menina relatou que ele [padrasto] já fazia isso desde quando ela tinha 6 anos”, disse a conselheira Iolene Oliveria.

Ainda de acordo com ela, o padrasto levou a família para passar cerca de seis meses em Goiânia. Um dia, em um sítio, a criança avisou a mãe que ia ajudar o padrasto a guardar o gado e o homem teria aproveitado a ocasião para estuprar a enteada.

“Ela ficou sangrando, falou para a mãe e a mãe não disse nada. Levou a criança ao médico alegando que achava que era infecção urinária e não falou as outras coisas”, disse.

Após o episódio, a família foi morar nos fundos da casa da avó da menina, mãe do pai biológico dela. Ao saber que a mãe e o padrasto planejavam se mudar, a garotinha escreveu o bilhete relatando o estupro.

DENUNCIE – DISQUE 100

Saiba a quem recorrer em caso de suspeita de violência sexual infanto-juvenil:
Conselhos Tutelares – Os Conselhos Tutelares foram criados para zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e adolescentes. A eles cabe receber a notificação e analisar a procedência de cada caso, visitando as famílias. Se for confirmado o fato, o Conselho deve levar a situação ao conhecimento do Ministério Público.
Varas da Infância e da Juventude – Em município onde não há Conselhos Tutleares, as Varas da Infância e da Juventude podem receber as denúncias. 
Outros órgãos que também estão preparados para ajudar são as Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e as Delegacias da Mulher. (Fonte: Unicef)