Com nova conta, reservatório do Cantareira registra queda de sua capacidade

Mudança atende a recomendação do Ministério Público

18/03/2015 13:14 / Atualizado em 04/05/2020 17:01

Entre contas e cálculos diante da maior crise hídrica vivida em São Paulo, a Sabesp divulgou uma nova forma de medir o nível dos reservatórios paulistas.

E assim foi revelado que o nível das represas é menor do que o anunciado anteriormente. De acordo com a nova matemática, o sistema registra hoje 11,9% de sua capacidade ao contrário dos 15,3%. Para chegar aos novos resultados, a diferença está no volume morto.

Intervenção do artista Thiago Mundano mede o nível do reservatório da Cantareira
Intervenção do artista Thiago Mundano mede o nível do reservatório da Cantareira

Segundo matéria divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira, o método utilizado anteriormente, a Sabesp levava em conta apenas o volume útil do sistema de 982 bilhões de litros d’água. Em outras palavras, na antiga conta, os atuais 150 bilhões de litros atuais representavam 15,3% da capacidade total do manancial.

A partir de hoje, a empresa responsável pela distribuição de água para todo estado realizará o cálculo em relação volume total – considerando o volume útil mais as reservas do volume morto – que corresponde a 1,27 trilhão de litros ou 11, 9%.
Para atender melhor, as duas contas estarão disponíveis na página da Sabesp.

Jovens brasileiros acham que o principal fator causador da crise hídrica é a falta de planejamento e gestão do governo

Segundo pesquisa realizada pela empresa B2, 83% dos jovens brasileiros acham que o principal fator causador da crise hídrica é a falta de planejamento e gestão do governo. Na sequência, vem o consumo excessivo da população, com 9,6%, e os fatores naturais, como a falta de chuva, com 6,02%.

Já na questão de conscientização sobre o desperdício de água, 61% dos jovens dizem que fazem pequenas economias ao longo do dia, enquanto 33% incentivam parentes, amigos e vizinhos a economizar água e 6% dizem realizar campanhas e compartilhar informações sobre o assunto nas redes sociais.

 

E quando o assunto é solução, o que o jovem acha que seria mais efetivo para lidar com a situação? Para 53% deles, a saída é o investimento na rede de distribuição de água tratada. Já para 32,5%, o ideal é que a população se conscientize sobre o assunto. E 14,5% acredita que o controle do desmatamento também é uma importante ferramenta no combate à crise hídrica.A B2 realizou uma pesquisa rápida com os jovens entre 15 e 29 anos que fazem parte da sua base de dados em todo o Brasil.