Comando Vermelho ameaça por fogo em postos de gasolina se preço não baixar

O grupo deu o prazo de uma semana para os empresários do setor, em Manaus, no Amazonas, cumpram a determinação

27/10/2021 23:18 / Atualizado em 01/11/2021 17:11

A facção criminosa Comando Vermelho ameaçou por fogo em postos de gasolina e caminhões se preço do combustível não baixar. O grupo deu o prazo de uma semana para os empresários do setor, em Manaus, no Amazonas, cumpram a determinação. As informações foram obtidas pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.

Comando Vermelho ameaça por fogo em postos de gasolina se preço não baixar
Comando Vermelho ameaça por fogo em postos de gasolina se preço não baixar - Rovena Rosa/Agência Brasil

A informação começou a ser divulgada na noite desta terça-feira, 26. O Comando Vermelho diz na mensagem que a facção está do lado dos “irmãos que estão sendo prejudicados”.

“O Comando pede para os safados dos cartéis de postos baixarem o preço da gasolina. Estamos dando o prazo de uma semana, estamos do lado dos nossos irmãos que estão sendo prejudicados. Se não [cumprirem], vamos botar o trem na rua e colocar fogo em postos de gasolina e caminhões”, ameaça o Comando Vermelho.

Comando Vermelho ameaça por fogo em postos de gasolina se preço não baixar
Comando Vermelho ameaça por fogo em postos de gasolina se preço não baixar - Reprodução

O valor pago pelos combustíveis não param de subir. Por decisão do governo Bolsonaro junto à Petrobrás, esses preços estão atrelados às variações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional. Os dois preços estão se elevando rapidamente e os brasileiros veem atônitos o valor da gasolina ser reajustado quase semanalmente. Somente neste ano, o preço acumula um aumento de 73% .

Em Manaus, o litro da gasolina está custando cerca de $ 6,59, sendo que em alguns municípios da região metropolitana, o valor já ultrapassou R$ 7.

O Comando Vermelho nasceu no Rio de Janeiro, mas nos últimos anos se espalhou por diversos estados. Em Manaus, a facção deu início a uma série de ataques, ateando fogo em delegacias, hospitais, prédios públicos e ônibus por mais de 30 horas.