Comissão do Senado avalia liberação da maconha para uso medicinal
Maconha é usada para tratamentos de Parkinson, Alzheimer, autismo e epilepsia
Enquanto o mundo debate o uso da maconha a partir de uma abordagem construtiva, o Brasil dá os primeiros passos ainda que discretamente. Nesta quarta-feira, 21, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado analisou o projeto de lei 514/2017, que descriminaliza o cultivo de maconha para uso medicinal. Favorável à liberação, o relatório deve ser entregue aos senadores, que pediram vista coletiva do documento.
Na próxima semana, o texto será votado na CAS e passará pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) antes de chegar ao plenário. O projeto será relatado pela senadora Marta Suplicy, que preside a comissão, e é favorável à liberação do cultivo para fins medicinais.
Benefícios médicos
No texto, a senadora altera a atual Lei de Drogas e abre caminho para o uso da maconha em casos exclusivamente medicinais e científicos. Com a mudança, o Brasil poderá importar plantas para colher a cannabis nos prazos e locais aprovados pelo governo, sob fiscalização.
Segundo a senadora, a discussão não pode ser pautada por questões ideológica ou política e é necessário levar em conta a empatia pelos pacientes e familiares. Para isso, recorre a pesquisas científicas e enumera os benefícios oferecidos pela planta para os tratamentos de males como Parkinson, Alzheimer, autismo e epilepsia.
Em consulta pública realizada pelo portal e-Cidadania, o tema recebeu de 140 mil votos: 126.387 favoráveis à liberação e 13.891 contrários. Com informações do site Poder 360.