Coronavírus: Doria diz que ‘não há nenhuma razão para pânico’
De acordo com o governador, serão disponibilizados mil novos leitos em unidades de terapia intensiva (UTI) para cuidar de pacientes com coronavírus
O governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 12, que não há nenhuma razão para pânico sobre os casos de coronavírus. As informações são da Agência Brasil.
De acordo com ele, serão disponibilizados mil novos leitos em unidades de terapia intensiva (UTI) no estado para cuidar de pacientes com coronavírus. A maior parte das vagas (600) será aberta em hospitais da capital paulista. Além disso, ele disse que vai pedir ao governo federal mais recursos para investimentos para combater a doença.
Segundo o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, David Uip, foram traçados alguns cenários de expansão da doença no estado. As hipóteses estimam que o vírus poderia contaminar entre 1% e 10% dos 46 milhões de habitantes de São Paulo. Atualmente, estão confirmados 46 casos da doença, sendo 44 na capital e dois na região metropolitana.
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Do total de infectados, como declarou Uip, a expectativa é que apenas 20% precisem ser atendidos no sistema de saúde e, desses, um percentual menor chegue a se internar ou usar um leito de UTI. “O estado está pronto para qualquer nível de enfrentamento, qualquer cenário”, garantiu.
Uip, que é médico infectologista, disse que é necessário observar qual será a velocidade de transmissão do vírus no país, que, até o momento, tem feito mais doentes em locais frios. “É uma variável na qual estamos em fase de aprendizado: como o vírus vai se portar em um país tropical neste momento de clima-tempo”, explicou.
Cancelamento de eventos
Doria disse que, por hora, o governo não vai recomendar a suspensão de atividades escolares ou eventos públicos. A única recomendação é que pessoas com mais de 60 anos, mais vulneráveis aos efeitos da doença, evitem aglomerações. “Neste momento, não há nenhuma recomendação do governo de São Paulo para o cancelamento de eventos esportivos, de entretenimento ou de conteúdo. Não há nenhuma razão que determine o cancelamento de eventos públicos”, ressaltou o governador.
Segundo Doria, é preciso balancear a necessidade de reduzir a velocidade de propagação da doença e os impactos do fechamento de serviços na vida da população. “Os efeitos são extremamente nocivos para a vida das pessoas e a economia de uma região ou país. Temos que tratar disso com bom senso, equilíbrio e avaliações diárias”, afirmou.
Pandemia
Depois de mais de 100 mil casos confirmados em vários países, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia do novo coronavírus.
No Brasil, até o momento, o Ministério da Saúde confirmou 60 casos, a maioria concentrada em São Paul0. Também há pacientes no Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Alagoas e Distrito Federal.
Como acontece a transmissão
O principal meio de transmissão é entre pessoas, ou seja, ao tossir ou espirrar, uma pessoa infectada expele gotículas com o vírus. Essas gotículas podem contaminar superfícies e objetos. Outras pessoas podem se infectar ao tocar nesses locais contaminados, levando suas mãos aos olhos, nariz e boca.
Sintomas de coronavírus
Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado, com febre, tosse e dificuldade para respirar. O Covid-19 pode, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.
Prevenção
Os cuidados para reduzir o risco de contrair o coronavírus são básicos e incluem lavar as mãos frequentemente com água e sabão, usar desinfetante à base de álcool e evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
Veja outras dicas:
-Ao tossir ou espirrar é recomendado cobrir a boca e nariz;
-Não tocar mucosas de olhos, nariz e boca de outra pessoa;
-Usar lenço descartável para higiene nasal;
-Não compartilhar objetos de uso pessoal;
-Manter o ambiente ventilado;
-Ao viajar para locais com circulação do vírus tomar cuidado para não entrar em contato com pessoas doentes e animais vivos ou mortos.