Crianças tímidas: 5 dicas de atitudes que devemos evitar
Dificuldade para socializar é algo muito comum entre as crianças consideradas tímidas. Para os pequenos mais introvertidos, a preferência por estar entre conhecidos ou resistência de começar situações novas – como uma nova escola, novos amigos ou mesmo vivenciar um espaço que ela não conhece – faz parte de uma rotina que nem sempre é fácil para os pais e cuidadores.
Pensando nisso, o Just Real Moms reuniu uma porção de dicas para auxiliar nestes momentos. Afinal, a interação com o mundo é fundamental para o desenvolvimento pleno dos pequenos. As dicas levam em consideração que a tão familiar timidez nem sempre é algo intrínseco à criança, e pode ser ativa em situações específicas.
“Ela [a timidez] é o resultado de experiências que a criança viveu, somadas ao temperamento dela, gerando uma dificuldade em socializar, em estar dentro do coletivo”, explica ao Just Real Moms a psicóloga Christine Bruder, idealizadora do centro de desenvolvimento para bebês Primetime, de São Paulo. Confira as dicas:
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1. Ser superprotetor
Filhos de pais superprotetores, que não os deixam ter suas próprias experiências, tendem a ser mais tímidos. “Isso porque, em geral, os pais superprotetores também sentem medo. Então, não permitem que a criança faça uma série de coisas. Essa atitude passa para o pequeno um medo e uma insegurança, que são a base da timidez”, explica a professora da Unesp.
2. Expor a timidez do filho para os outros
“O gato comeu sua língua?”, “Para de ser bicho do mato!”. Engana-se quem pensa que ao dizer frases como essas está fazendo bem para os pequenos que são tímidos. Ao contrário: ao expor a timidez para outras pessoas, a insegurança e o medo só aumentam. “A criança costuma interpretar exatamente o que está sendo dito. ‘O gato comeu sua língua’ pode dar a ideia de que ela deu algum motivo para que isso tenha acontecido, como se fosse um problema”, critica Andréia Wiezzel.
O primeiro passo para evitar casos como este é respeitar o jeito de ser do seu filho. “Se isso acontecer, a tendência é que ele vá amenizando esse traço de personalidade e adquirindo mais recursos sociais”, diz Christine Bruder. Para ajudá-lo nesse processo, proponha brincadeiras que simulem as situações que ele não consegue enfrentar, como ter vários amigos ou ir a uma festinha. “É importante deixá-lo conduzir para que mostre seus anseios e dificuldades”, recomenda a docente da Unesp.
3. Comparar com outras crianças
“Comparações são desrespeitosas em qualquer circunstância. Todo mundo tem que ser amado pelo que é”, defende a criadora do berçário Primetime. É bem por aí mesmo. A criança tímida ainda não está emocionalmente pronta para enfrentar certas situações – e isso deve ser respeitado. “Ela precisa criar uma estrutura interna que a permita ter essa experiência para a qual ainda não está preparada”, afirma Andréia Wiezzel. Portanto, procure conversar com seu pequeno e entender do que ele tem medo. Essa pode ser uma boa saída para desfazer muitas das fantasias que ele criou – e que alimentam essa timidez toda.
4. Forçar o pequeno a fazer algo que ele não quer
Esse é um dos maiores erros cometidos pelos pais de crianças tímidas. “Muitas vezes, no intuito de ajudar o filho, eles acabam empurrando-o para uma situação que pode ser dolorosa”, pontua Christine Bruder. Em vez de forçar a barra, tente negociar: se seu filhote não quer ir a uma festinha de aniversário, por exemplo, proponha acompanhá-lo. Chegando lá, é bem provável que ele veja os outros se divertindo e acabe se soltando. “Quando o pequeno sente que o adulto é parceiro e facilitador, ele tende a ter uma postura de maior aceitação”, garante a psicóloga.
5. Ser autoritário
Está aí outra atitude que pode tornar meninos e meninas mais tímidos. “Uma criança que tem uma família muito autoritária, que a agride emocional ou fisicamente, acaba não desenvolvendo uma segurança na relação com os pais. E isso pode levar à timidez”, adverte a professora da Unesp. Portanto, fica o recado: criar o seu filho com amor e carinho – respeitando a sua personalidade e observando comportamentos que podem trazer prejuízos – é tudo o que ele precisa para crescer feliz e confiante de quem é.
*Com informações de Just Real Moms
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