Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado
Candidato era o favorito da família Bolsonaro
Com 42 votos, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado (2) em primeiro turno presidente do Senado. O principal opositor de Alcolumbre, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), retirou a candidatura durante a votação alegando o processo não era democrático.
Apesar da votação ter sido secreta, muitos parlamentares revelaram o voto, mostrando as cédulas de papel para as câmeras de TV.
Disputavam o cargo: Ângelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Fernando Collor (Pros-AL), Esperidião Amin (PP-SC), e José Reguffe (sem partido-DF).
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Mais cedo, três parlamentares também haviam desistido de concorrer em uma tentativa de enfraquecer Renan Calheiros, que era um dos favoritos junto com Davi Alcolumbre. Foram eles: Alvaro Dias (Pode-PR), Major Olímpio (PSL-SP) e Simone Tebet (MDB-MS).
Alcolumbre prometeu ampliar a transparência dos atos legislativos e de todos os fatos envolvendo o Senado. “O Senado deve se balizar pelos pilares da independência, transparência, austeridade e protagonismo. Os desafios do atual momento brasileiro são imensos. Por um lado, a complexa crise fiscal exige reformas urgentes a fim de corrigirmos as distorções. Por outro, é preciso reverter a profunda crise política que minou a confiança nos políticos”, disse Alcolumbre, acrescentando que o povo clama por um novo modelo de fazer político. “Mais igualitário, mais democrático e com ampla participação cidadão”.
Davi Alcolumbre
Senador de primeiro mandato, Alcolumbre, 41 anos, é um dos mais jovens senadores a assumir a presidência da Casa. Ele teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos de mandato no Senado.
Foi vereador em Macapá, três vezes deputado federal e chegou ao Senado em 2015. Nas eleições de outubro passado, concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar.
Duas votações no mesmo dia
A eleição para a presidência do Senado foi marcada por um embate sobre se a votação seria aberta ou secreta. Na sexta-feira (1º), após cinco horas de sessão, a maioria dos parlamentares decidiu pelo voto aberto. Mas uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli determinou que a votação deveria ser secreta.
A eleição foi feita em cédulas e teve que ser realizada duas vezes, pois na primeira apuração foi encontrada uma cédula a mais na urna.
Com informações da Agência Brasil.