De tornozeleira, Sara Winter é pedida em casamento

A extremista bolsonarisrta cumpre prisão domiciliar por determinação do STF

29/06/2020 10:05 / Atualizado em 05/10/2020 09:36

Em prisão domiciliar em Brasília, a extremista Sara Winter ficou noiva na noite deste domingo, 28. Pelas redes sociais, a bolsonarista afirmou que o casamento com Giovane Rodrigues será no próximo fim de semana.

“Depois da tormenta, vem a paz. Hoje fui oficialmente pedida em casamento e claro, ao homem da minha vida, disse SIM. Tentaram me destruir, mas construíram uma pessoa 10 vezes mais forte. Enquanto uns babam de ódio, eu transbordo de amor. O casamento fica pro próximo fim de semana”, escreveu a extremista.

Sara Winter grava vídeo decepcionada com Bolsonaro e aparece chorando

Sara Winter fica noiva durante prisão domiciliar e anuncia data do casamento
Sara Winter fica noiva durante prisão domiciliar e anuncia data do casamento - Reprodução/Twitter

Sara deixou a  Penitenciária Feminina do Distrito Federal, onde ficou em prisão temporária por 10 dias por suspeita de participar de ataques contra o STF (Supremo Tribunal Federal).

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, substituiu a prisão de Sara por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de manter contato com outros investigados e manter um quilômetro de distância do Congresso Nacional e e da Suprema Corte.

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“Tivemos que tomar suco de pera disfarçado de champagne, pois por lei não tenho autorização pra consumir bebidas alcoólicas. Bem-vindos à democracia do judiciário”, ressaltou a bolsonarista no post sobre o noivado.

Quem é Sara Winter

A trajetória de Sara Fernanda Giromini, 27 anos, é bem controversa, De feminista fervorosa à líder do “grupo armado” de extrema-direita “300 do Brasil”.

Natural de São Carlos, Sara Winter foi uma das fundadoras do braço brasileiro do grupo feminista ucraniano Femme.

A extremista bolsonarista Sara Winter posa para fotos segurando armas
A extremista bolsonarista Sara Winter posa para fotos segurando armas - Reprodução/ Twitter

Na ocasião, Sara Winter defendia pautas liberais, incluindo a construção social dos gêneros, o feminismo e a legalização do aborto. Mas era criticada pela militância de esquerda de usar um “nome de guerra”. Eles alegavam que o pseudônimo era o mesmo de uma militante nazifascista britânica atuante durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 2014, durante um protesto na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ela chegou a “castrar” um boneco que representava o então deputado federal Jair Bolsonaro.

O ato pedia a cassação de Bolsonaro pela polêmica declaração de que “não estupraria” a ex-ministra Maria do Rosário porque ela “não merece”.

“Queremos mostrar ao Bolsonaro que nem mesmo mulher nua merece ser estuprada”, disse à época Sara Winter em entrevista ao O Globo.

Sara foi expulsa do Femme acusada de desviar dinheiro que seria usado para organizar uma manifestação no Rio de Janeiro, que não aconteceu. Após o episódio, ela passou a difamar a imagem do grupo nas redes sociais.

Em 2015, ela mudou radicalmente e passou a integrar um grupo contra o aborto e se tornou uma “antifeminista”. Sara chegou até a gravar um vídeo em que pedida desculpas aos cristãos pelos protestos de quando era líder do grupo feminista Bastardxs.

Em um destes protestos, ela e outra ativista com os seios à mostra e usando falsas coroas de espinhos na cabeça se beijaram sobre uma cruz [em referência sà crucificação de Jesus Cristo.

Já totalmente inserida com as pautas da extrema-direita, Sara a fazer campanha para Jair Bolsonaro e tentou se eleger deputada federal pelo Democratas do Rio de Janeiro, mas não conseguiu votos suficientes para o cargo.

Em fevereiro de 2019, foi nomeada pela ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) para ser Coordenadora Nacional de Atenção Integral à Gestação e Maternidade da pasta.

Autoproclamada conferencista internacional, Sara Winter é um dos líderes do grupo “300 do Brasil”, milícia armada pró-bolsonarista.