Demissão de Mandetta repercute nas redes sociais; confira as reações
Demitido com 77% de aprovação, saída do ex-ministro Henrique Mandetta provocou reações nas redes sociais; Rio e SP registram panelaços contra Bolsonaro
A demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciada por ele mesmo em sua conta no Twitter na tarde desta quinta-feira, 16, é o grande assunto do momento nas redes sociais.
De um lado apoiadores destacam o trabalho feito pela equipe comandada pelo ortopedista sul-matogrossense, comprometida com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS)_que defende, sobretudo, o isolamento social como principal medida contra o avanço da pandemia.
No outro o fervoroso reduto bolsonarista que atribui a demissão de Mandetta à falta de lealdade ao presidente. E, ao contrário do que defendia a pasta, pede o relaxamento da quarentena e retomada das atividades econômicas no país.
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Para além das redes sociais, a insatisfação popular toma conta nas ruas das principais capitais do país em forma de panelaços. Refletem o sólido apoio ao trabalho de Mandetta, demitido com aprovação de 77% dos brasileiros.
Maia diz que Mandetta deixa legado
O presidente da Câmara dos Deputados (DEM-RJ) Rodrigo Maia manifestou apoio a Luiz Henrique Mandetta após sobre sua demissão. Durante sessão na Casa, Maia ressaltou o importante legado deixado pelo ex-ministro. “Minha homenagem ao ministro Mandetta. Pela sua dedicação, competência, capacidade de compreensão do problema, de construir as soluções, pelo diálogo com o parlamento. O ministro deixa um legado e estrutura para que o Brasil possa, em conjunto com o governo federal, estados e municípios, atender da melhor forma possível a sociedade brasileira. Principalmente os brasileiros que precisam do sistema SUS. Então, eu agradeço e tenho certeza que falo pela maioria da Casa.”
Em mais um episódio do FlaFlu político que se tornou o Brasil, saída de Mandetta despertou emoções na internet. Confira:
Em sua despedida, Mandetta defende a vida, o SUS e a ciência. Três palavras incompatíveis com o atual governo.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) April 16, 2020
A saída do @lhmandetta é uma perda para o Brasil. Agradeço o apoio e contribuição com o Estado de SP no combate à pandemia. Desejo êxito ao novo Ministro da Saúde, Nelson Teich, e espero que siga procedimentos técnicos e atenda às recomendações da OMS.
— João Doria (@jdoriajr) April 16, 2020
— Arthur do Val – Mamaefalei (@arthurmoledoval) April 16, 2020
Como cidadã brasileira, cumprimento e agradeço ao Ministro Mandetta e a sua brilhante equipe, pelo excelente trabalho realizado. Desejo sorte, sucesso, saúde e ponderação ao Ministro que assume, Dr. Nelson Teich.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) April 16, 2020
Presidente trocou Mandetta por um nome que pensa EXATAMENTE como Mandetta. Pura politicagem, ciumeira. Agora o min Saúde terá de trocar toda sua equipe e prejudicar o combate ao corona porque Bolsonaro está mais preocupado com a própria popularidade do que com o país. VERGONHA! https://t.co/q4BxQAmC2n
— Kim Kataguiri (@kimpkat) April 16, 2020
Ao amigo e colega médico @lhmandetta, missão cumprida! Fez do nosso País, com todas as suas limitações na área da Saúde, referência internacional de como enfrentar a propagação do coronavírus. Salvou milhares de vidas. Obrigado.
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) April 16, 2020
Prevaleceu a inveja sentida pelo chefe mimado. Jair Bolsonaro, em vez de reconhecer que desdenhou do coronavírus, demitiu Mandetta por não ter se curvado à sua estupidez durante a pandemia. O bolsonarismo fritou o ministro da Saúde nas redes e no zap porque teme sua popularidade.
— Felipe Moura Brasil (@FMouraBrasil) April 16, 2020
Lamento a saída de @lhmandetta. O ex-ministro foi o grande responsável por estruturar a resposta do governo federal ao coronavírus. Reconheceu o risco da doença e a importância do isolamento social. Amparando-se na ciência, exerceu o papel de líder na crise. O BR e a saúde perdem
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) April 16, 2020
Demissão do ministro da Saúde em má hora. Ele estava na linha de frente da batalha pela vida. A economia conta, mas manter ou não a quarentena é decisão médica.O povo verá arrogância na demissão e não competência. O custo político se medirá pelo de mortes.Tomara não aumentem.
— Fernando Henrique Cardoso (@FHC) April 16, 2020
Relatos de panelaços no Rio (Barra, Leblon, Ipanema, Copa), São Paulo (Bela Vista, Paulista, Higienópolis, Vila Madalena, Sumaré)
— Vera Magalhães (@veramagalhaes) April 16, 2020