Denúncias de violência contra mulher aumentam 400% em aplicativo

"A  mulher que mais sofre é aquela que não tinha coragem de denunciar e agora tem de ficar em casa com o agressor"

Entre as muitas consequências provocadas pela pandemia, a violência contra a mulher chama atenção por conta do aumento de casos registrados durante a quarentena.

Para enfrentar a questão, o Magazine Luiza lançou uma campanha que incentiva as mulheres a denunciarem a violência doméstica.

Criada ano passado, a campanha idealizou produtos para “esconder manchas e marquinhas” (da violência), que, no ato da compra, direciona a vítima a usar o botão de pânico_voltado para queixas e denúncias contra os agressores. As denúncias são encaminhadas para o canal 180 do governo federal que registra as ocorrências.

A denúncia de casos de violência contra a mulher são importantes para a diminuição dos números de feminicídio
Créditos: iStock/@PeopleImages
A denúncia de casos de violência contra a mulher são importantes para a diminuição dos números de feminicídio

Violência contra mulheres

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho da rede varejista e também do Mulheres do Brasil, grupo apartidário com 40 mil integrantes, pontuou duas questões gritantes durante a pandemia: desigualdade social e a violência feminina.  “A  mulher que mais sofre é aquela que enfrentava problemas de violência doméstica, não tinha coragem de denunciar e agora tem de ficar em casa junto com agressor.”

Além disso, nesse mesmo período, o número de denúncias de violência doméstica contra mulheres  no aplicativo da empresa aumentou 400%.

E assim como o coronavírus, a pandemia da violência contra mulher também atingiu diferentes regiões do mundo, levando o assunto a ser tratado pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e também pelo papa Francisco. “A pandemia escancarou a desigualdade social. Não sou só eu que estou falando isso. A gente sabia que tinha, mas agora foi acentuada.”

Confira a matéria completa no Estadão.