Deputado que se diz contra o aborto pediu para a amante fazer um

Revelação calhou de ser junto a uma legislação que pode tornar crime o aborto e que, por ironia, foi assinada por Tim Murphy

O deputado republicano Tim Murphy, da Pensilvânia, pediu para que sua amante abortasse depois de pensar que ela estava grávida, mesmo sendo ele contrário ao aborto. As informações são do jornal “Pittsburgh Post-Gazette” e do “Estadão“.

Deputado Tim Murphy pediu a amante que abortasse, mesmo depois de assinar projeto de lei que torna crime o aborto
Deputado Tim Murphy pediu a amante que abortasse, mesmo depois de assinar projeto de lei que torna crime o aborto

Essa revelação, feita nesta terça-feira, 3, calhou de ser na mesma data da aprovação na Câmara dos Deputados de uma legislação republicada que poderia tornar crime o aborto a partir da 20ª semana de desenvolvimento do feto e, por ironia, o deputado Murphy assinou o projeto de lei, que segue para o Senado.

De acordo com o jornal que teve acesso a uma mensagem de texto trocada entre o deputado e a mulher com quem tinha o relacionamento extraconjugal, no dia 25 de janeiro ela disse que “(Murphy) não teve problema nenhum em colocar sua posição pró-vida de lado quando me pediu para abortar nosso filho na semana passada quando nós pensávamos que eu poderia estar grávida”.

A mensagem foi enviada pelo telefone do deputado, mas ele afirmou que o seu gabinete que fez o pedido do aborto. “Eu nunca escrevi isso. Meu pessoal faz isso. Eu li isso e estremeci. Eu disse a eles (pessoal) que não fizessem isso mais”, disse Murphy. A mulher não estava grávida.

No Brasil, a Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira, 4, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 181/15), que amplia a licença-maternidade em casos de bebês prematuros e pode tornar mais restritiva a legislação do aborto ao incluir na Constituição que o direito à vida começa “na concepção”.

Leia a reportagem na íntegra.

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