‘Dever cumprido’, diz autor de ação que liberou animais no metrô

No final de janeiro, foi aprovada pelo governo de São Paulo uma lei que autoriza levar cães e gatos no transporte público

Em parceria com Change.org (Oficial)
06/02/2019 16:45

Boas notícias para quem tem animais de estimação e mora na capital paulista: no final de janeiro foi aprovada pelo governo estadual uma lei que autoriza levar animais no transporte público (metrô, trem, VLT e ônibus intermunicipais). Tudo foi possível graças aos esforços do ativista Rogério Nagai e das quase 70 mil pessoas que assinaram uma petição criada por ele na plataforma Change.org pedindo a liberação dos pets no transporte público.

Rogério criou o abaixo-assinado há dois anos, após saber por uma senhora no veterinário que não era permitido transportar animais no metrô. Depois de coletar boa parte das assinaturas, o ativista chegou a entregá-las para a diretoria do Metrô e foi em busca do autor do projeto de lei agora sancionado, que, naquele então, estava parado desde 2015 na Assembleia Legislativa. “Depois de muita batalha com reuniões, e-mails, ligações, audiências, conseguimos! Agora é lei!”, escreveu Rogério ao declarar a vitória da petição.

Leia mais em: www.change.org/petsnometro

Rogério Nagai e Simone Gatto, ativistas pelos direitos dos animais
Rogério Nagai e Simone Gatto, ativistas pelos direitos dos animais - Equipe Change.org

“O mais trabalhoso, por incrível que pareça, foi mobilizar as pessoas, pois tivemos muito apoio nas redes sociais, mas quando foi necessário comparecer pessoalmente nas audiências e nas reuniões com parlamentares para fazer pressão, não compareciam nem 15 pessoas”, contou Rogério em entrevista à equipe da Change.org.

Felizmente ele contou com a ajuda de ativistas como Simone Gatto, tutora de 3 gatos paraplégicos e que também luta pela liberação dos animais no transporte público. Foi Simone quem avisou Rogério sobre a aprovação da lei, e ela contou à equipe da Change.org que já chegou a transportar seus animais de estimação no metrô após o ocorrido. “Entro tranquilamente com minha caixinha de transporte, dentro dos horários estipulados pela lei, sem nenhum contratempo com os funcionários do metrô ou com os usuários, que são todos muito solícitos e ficam felizes e agradecidos pela nossa luta”, diz Simone.

Por enquanto, a lei prevê que os animais podem ser transportados apenas fora do horário de pico (das 4h40 às 6h, das 10h às 16h e das 19h à meia noite), mas Rogério e Simone já estão analisando como podem ampliar isso. “A esperança é que no futuro aconteça, como já está em curso um projeto de lei municipal para estender o horário do transporte nos ônibus municipais”, conta Rogério. Simone já está se mobilizando com outro abaixo-assinado pedindo exatamente a aprovação dessa lei pelo transporte em tempo integral nos ônibus, e já conseguiu mais de 58 mil assinaturas (confira no link: www.change.org/petsnosonibus).  “Toda mudança gera um desconforto e dá um trabalhão enorme, mas acredito que só seremos uma nação desenvolvida quando começarmos a pensar mais no próximo e agirmos comunitariamente”, disse Rogério.