Diego Hypólito desabafa sobre tortura na ginástica: ‘Me espancavam’
Atleta rebateu críticas de um seguidor que disse que ele cospe no prato que comeu
Diego Hypólito usou seu perfil no Instagram para fazer um desabafo, após ser criticado por um seguidor por postar um texto afirmando que sofreu bullying na infância e dizer que não defende nenhuma visão política.
O seguidor, que se declarou gay, reprovou o discurso do ginasta, argumentando que ele “desfruta do que foi conquistado”, “usufrui das conquistas” “mas não dá valor a isso e ainda cospe no prato que comeu”.
O atleta, então, fez um textão relembrando os momentos difíceis que passou na infância e do bullying que sofreu do próprio técnico e dos colegas de ginástica aos 11 anos de idade.
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“Vim de raízes muito humildes, sete anos seguidos sendo vendedor ambulante em Copacabana e sendo chamado de cabeça de caminhão, Frankenstein… Na mesma época me prendiam em uma caixa de plinto, que era chamada de caixão da morte. Meu técnico falava para minha mãe que eu era gay desde os meus 11 anos de idade. Me faziam ficar nu com 9 anos de idade, pegar uma pilha com o ânus na frente de vários outros atletas, pois senão, me espancavam e me humilhavam, rindo e achando isso o máximo”, respondeu.
Hypólito explicou ainda o motivo pelo qual não fez nenhuma denúncia na época em que sofria os ataques e aguentou a humilhação calado: “E eu como passava fome dentro de casa, pois meus pais saíram de São Paulo para o Rio de Janeiro para o sonho dos três filhos de serem ginastas em um lugar melhor. Mas, na verdade, financeiramente foi muito pior, pois ficamos 6 a 8 meses sem energia e lembro do desespero da minha mãe, pois não tinha o que comer, não falo de proteína. Não tinha nem arroz e só tinha como acender o fogão com fósforo! E 49 centavos que era o preço, muitas vezes nem tínhamos como comprar”.
Leia o desabafo completou abaixo:
BULLYING NÃO É ‘MIMIMI’
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a violência é a quarta maior causa de morte de jovens entre 10 e 29 anos no mundo. Segundo relatório “Prevenindo a violência na juventude: uma perspectiva da evidência” preparado pela agência da ONU, em 2015, 200 mil jovens morrem todos os anos vítimas de assassinatos, brigas, violência entre namorados e… bullying!
Sabendo da gravidade do bullying para a questão social e da falta de discussão acerca do assunto, a Catraca Livre se empenhou para lutar contra a prática através da campanha #BullyingnãoéMIMIMI.
Confira os detalhes abaixo: