Dinheiro público ajuda a bancar homenagem a Bolsonaro nos EUA
O jantar de gala que irá homenagear Bolsonaro nos Estados Unidos recebeu parte do financiamento diretamente do Banco do Brasil e o consulado-geral brasileiro em Nova York.
O banco reservou uma mesa com dez lugares, pagando o equivalente a US$ 12 mil (R$ 47,5 mil). Já o Ministério das Relações Exteriores adquiriu uma outra mesa no valor de US$ 10 mil (R$ 39,6 mil).
Essa é a primeira vez que o Banco do Brasil e o consulado aparecem como apoiadores do evento realizado pela pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. O jantar acontece anualmente visando levantar fundos para empresas brasileiras e americanas no país norte-americano. Sempre selecionando um brasileiro e um americano para o título de Pessoa do Ano.
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Outros patrocinadores brasileiros são os bancos Bradesco, Itaú BBA, BTG Pactual, Safra e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Desconforto
Nos anos anteriores, o jantar promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos já homenageou nomes como Fernando Henrique Cardoso, Bill Clinton, Henrique Meirelles, Armínio Fraga e Sergio Moro, porém é a primeira vez que o evento gera reações negativas.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, declarou não apoiar o evento em função de Bolsonaro ser racista, homofóbico e destrutivo. Posicionamento semelhante ao do Museu Americano de História Natural que se recusou a receber o evento. O jornal Financial Times, a companhia aérea Delta e a consultoria Bain & Company também voltaram atrás por entender que Bolsonaro representa opressão a diversidade.
Entre os patrocinadores do ano passado, 17 resolveram não apoiar a edição 2019.