Documentando com Tecnologia no FILE

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Por: Catraca Livre

Em sua quarta edição, o Cinema Documenta foi criado como mostra paralela à exposição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica-FILE. A cada temporada, dentro do festival, a vertente audiovisual ganha mais forma e, hoje, pode contar com um espaço exclusivo para sua exibição; no mezanino da Fiesp.

Para este ano, a novidade é “Nine Lives”, do diretor Scott Hessels. O filme será criado simultaneamente, com o público, através da utilização de aparelhos GPS. Cada espectador poderá editar sua versão conforme as opções que fizer usando a tecnologia.

A negociação dos filmes que entram na programação é feita pelo curador Eric Marke, jornalista e DJ, de forma gratuita e com um caráter de divulgação. Os filmes são exibições nunca antes projetadas no Brasil e por não possuir patrocinadores, a maior parte deles não leva legenda.

Ano passado, a mostra criou um eixo de documentário biográfico.  Essa edição traz dois filmes neste segmento, o brasileiro “Conection 1969”, perfil do DJ/produtor Anderson Noise e “Moog”, sobre Bob Moog, inventor nova-iorquino de instrumentos musicais eletrônicos durante meio século.

A impressão que se tem dos curtas a serem apresentados é que todos se correlacionam entre si, envolvendo histórias de entradas e saídas em diferentes países, colocando em pauta a questão da territorialidade (como num “road-trip”). Através do uso de tecnologia, os filmes retratam também a passagem de tempo.

A mostra Cinema Documenta traz filmes originários de diversos lugares do mundo como Mongólia, Singapura e Reino Unido. Nesta terça-feira, 28, o Brasil será representado pelo curta-documentário “Conection 1969”, de Cadu Datoro e “Inventário das Sombras”, de Joesér Alvarez & Coletivo Madeirista.

Dia 28, terça-feira
-“Conection 1969”,  de Cadu Datoro (dur. 01h36)
-“Magic Music From Telharmonium”, de Reynald Weidemaar (dur.30min)
-“Inventário das Sombras”, de Joesér Alvarez & Coletivo Madeirista (dur. 13min)

Dia 29, quarta-feira
-“Mongolia Expedisound”, de Laurent Lemonnier (dur. 54 min)
-“Air: Eating Sleeping Waiting And Playing”, de Mike Mills (dur. 60 min)

Dia 30, quinta-feira
-“Rip In Pieces America”, de Dominic Gagnon (dur. 60 min)
-“Technomania”, de Simon Power (dur.12 min)
-“The Telephone Eulogies” (dur. 20 min)

Dia 31, sexta-feira
-“Nine Lives”, de Scott Hessels (dur. 1h37)
-“Moog”, de Hans Fjellestad (dur. 1h10)
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