Dodge pede que Supremo proíba apreensão de livros na Bienal do Rio
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, determinou que livros com temática LGBT fossem censurados
Na manhã deste domingo, 8, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que se suspenda a decisão judicial que permite a apreensão de livros na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que termina hoje. O pedido de Dodge pode ser rejeitado pelo Supremo.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, determinou na quinta-feira, 5, o recolhimento de livros tidos como “impróprios para menores”. Os que mais foram impactados são os de temática LGBT.
- Justiça reconhece união estável entre mulher e homem casado
- Silvio Santos pergunta a criança: “Sexo, poder ou dinheiro?”
- Evangélicos da Câmara assinam lista contra medalha de Felipe Neto
- Felipe Neto entrará com ação na Justiça contra Malafaia
Neste sábado, 7, o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio mudou a decisão da primeira instância e determinou que sejam recolhidas da Bienal todas as obras que tratem da temática LGBT e que sejam voltadas para o público infanto-juvenil.
Ele alegou que “não se trata de ato de censura”. O desembargador afirma, na decisão, “ser inadequado que uma obra de super-herói, atrativa ao público infanto-juvenil, a que se destina, apresente e ilustre o tema da homossexualidade a adolescentes e crianças, sem que os pais sejam devidamente alertados”.
Protestos
Uma onda de protestos tomou conta do Brasil após a censura dos livros com temática LGBT. Nas redes sociais, há muitas publicações que clamam por respeito e liberdade às obras literárias.
Felipe Neto
Um dos protagonistas dos protestos foi o youtuber Felipe Neto, que comprou 14 mil livros com temática LGBT e doou aos presentes na Bienal do Rio.