‘É só fazer empréstimo’, diz Bolsonaro sobre auxílio emergencial menor
O presidente se dirigia aos brasileiros que reclamam da redução do auxílio emergencial em meio à pandemia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira , 1º, que os brasileiros que reclamam da redução do auxílio emergencial “é só ir no banco e pedir um empréstimo”. A declaração foi dada em conversa com apoiadores de seu governo, na saída do Palácio da Alvorada e foi transmitida por um site bolsonarista.
“Nós gastamos em 2020 com o auxílio emergencial o equivalente a dez anos de Bolsa Família. E tem gente criticando ainda falando que quer mais. Como é endividamento por parte do governo, quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo”, disse Bolsonaro.
O presidente ainda voltou a tentar se esquivar da responsabilidade pela crise econômica agravada pela pandemia e sem lembrar que optou por não comprar vacinas antecipadamente para garantir a retomada da vida ‘normal’, afirmou: “Sabemos da situação difícil que se encontra a população, que perdeu o emprego. Não por culpa do presidente, eu não obriguei ninguém a ficar em casa, não fechei comércio e por consequência não destruí emprego”, disse Bolsonaro.
A atual rodada do auxílio será encerrada em julho. O benefício varia o valor das parcelas entre R$ 150 a R$ 375 por mês dependendo da composição familiar. Os valores pagos neste ano são inferiores aos desembolsados em 2020, quando vigorou um auxílio de R$ 600 durante cinco parcelas e de R$ 300 em quatro.
O valor desta terceira rodada do auxílio emergencial contempla metade da população da 1ª e 2ª fases de 2020, e por apenas quatro meses, com um orçamento pífio de R$44 bilhões. Vale lembrar que, ano passado foram orçados R$322 bilhões.