Eduardo Bolsonaro publica no Twitter vídeo de criança armada

O post foi feito logo após a pequena Ágatha ser assassinada por um disparo de fuzil em uma ação da Polícia Militar no Complexo do Alemão

No vídeo, um homem aparece brincando de arma com uma criança bem pequena
Créditos: Reprodução
No vídeo, um homem aparece brincando de arma com uma criança bem pequena

Um dia depois que a pequena Ágatha Félix, de 8 anos de idade, foi assassinada por um disparo de fuzil em uma ação da Polícia Militar no Complexo do Alemão (RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) decidiu falar sobre armas e crianças. Mesmo sem citar especificamente a morte da menina, a atitude mostra a falta de sensibilidade do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Indicado pelo pai para a embaixada nos Estados Unidos, ele postou um vídeo no Twitter em que um homem aparece brincando de arma com uma criança bem pequena. “Verdade, quando criança também brinquei de polícia e ladrão e não virei bandido. Como diz o Padre Paulo Ricardo temos que ensinar nossos filhos a serem guerreiros do bem”, escreveu Eduardo.

A morte de Ágatha causou indignação, principalmente por ela ser mais uma vítima da violência policial que se intensificou nas favelas do Rio de Janeiro desde que Wilson Witzel assumiu como governador do estado.

Na manhã deste sábado, 21, a hashtag #ACulpaÉDoWitzel já estava entre os assuntos mais comentados, inclusive por famosos e figuras públicas, como o ex-candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad. Em seu Twitter, Haddad disse que o governador do Rio de Janeiro é um “assassino” e que já deu razões de sobra para sofrer um processo de impeachment.

“Fora Witzel: Tenho evitado tuitar esses dias. Coisas absurdas acontecendo. Mas, com toda sinceridade, eu realmente penso que há razões de sobra para que se peça o impeachment de Witzel. Ele é o grande responsável pelas atrocidades que se cometem no Rio de Janeiro. Um assassino!”, declarou o ex-prefeito de São Palo.

Além da forte mobilização virtual, moradores do Complexo do Alemão protestaram neste sábado contra a política de segurança do atual governador, que mata negros e pobres diariamente.