Eleições 2018: o que você precisa saber sobre Jair Bolsonaro

Com a escolha do General Hamilton Mourão como vice, pela primeira vez, desde a redemocratização, o Brasil terá uma chapa composta por militares

16/08/2018 11:54 / Atualizado em 21/08/2018 15:28

Já passou por sete partidos: PDC, PP (antes PPB), PPR, PTB, PFL, PSC e PSL
Já passou por sete partidos: PDC, PP (antes PPB), PPR, PTB, PFL, PSC e PSL - Divulgação

Favorito nas pesquisas eleitorais à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) nasceu em Campinas (SP) em 21 de março de 1955. Ex-capitão do Exército, construiu sua carreira política no Rio de Janeiro (RJ), onde desde 1991 atua como deputado federal.

Ganhou notoriedade por defender o retorno dos militares ao poder e afirmar que não houve ditadura militar no Brasil, mas sim uma revolução. Segundo o deputado, o País se desenvolveu e cresceu durante o regime militar e piorou com a volta da democracia. Já passou por sete partidos: PDC, PP (antes PPB), PPR, PTB, PFL, PSC e PSL.

Em sua campanha, afirma saber muito pouco sobre economia e constantemente cita o nome do economista liberal Paulo Guedes, seu indicado ao Ministério da Fazenda, caso seja eleito.

Na Câmara, além das causas militares, é um grande crítico aos governos PT e ao sistema eleitoral atual. É um dos deputados que propuseram a volta do voto impresso, lei que foi barrada pelo STF, que entendeu a proposta como sendo inconstitucional.

Fatos curiosos sobre o candidato: 

– Apesar de ser deputado federal desde 1991, começou a ganhar notoriedade a partir de 2010, quando seus discursos a favor do retorno do regime militar no plenário passaram a ser destacados.

– Pai de cinco filhos, sendo três deles políticos: Eduardo Bolsonaro é deputado federal por São Paulo; Flávio Bolsonaro é deputado estadual do Rio de Janeiro e Carlos Bolsonaro é vereador do Rio de Janeiro (RJ).

– Recebeu processos do MPF, que alegou que o deputado ofendeu a população negra. Também foi denunciado por racismo pela PGR.

– Foi condenado no STJ por ofensas a deputada Maria do Rosário em 2014, dizendo que ela “não merece ser estuprada por ser muito feia”.

– Fez saudações ao Coronel Brilhante Ustra, apontado como um dos torturadores do regime militar, durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff.

– Com a escolha do General Hamilton Mourão como vice, pela primeira vez, desde a redemocratização, o Brasil terá uma candidatura à presidência com uma chapa preenchida com dois militares.

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