Em áudio, Queiroz diz temer consequências de investigação do MP-RJ
"O MP tá com uma p* do tamanho de um cometa para enterrar na gente", diz Queiroz
Em novo áudio divulgado pela Folha de S.Paulo neste domingo, 27, Fabrício Queiroz relata medo sobre as consequências da investigação realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Segundo o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), a apuração dos dados seria um problema “do tamanho de um cometa”.
“O MP tá com uma p* do tamanho de um cometa para enterrar na gente”, diz Queiroz em áudio de julho deste ano. Ele também sugere que foi abandonado por ex-aliados. A declaração faz parte de uma sequência de conversas de WhastaApp recentemente divulgadas.
Negociação de cargos
Em outro áudio, obtido pelo jornal “O Globo” e divulgado no dia 24 deste mês, Fabrício Queiroz fala sobre indicações no Senado e na Câmara dos Deputados por meio de comissões ou gabinetes de parlamentares. Na conversa, ele também descreve a rotina do gabinete de Flávio Bolsonaro.
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Caso Queiroz
Fabrício Queiroz é figura central no escândalo de movimentação financeira suspeita, que gerou uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o senador Flávio Bolsonaro, A investigação começou após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ter identificado uma movimentação suspeita de 1,2 milhão de reais na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
De acordo com o relatório, diversos saques e depósitos em dinheiro vivo foram feitos na conta de Queiroz em datas próximas do pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Rio. O PM chegou a admitir que recolhia parte do salário de servidores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro para contratar “assessores informais”.
No final de setembro, o ministro Gilmar Mendes, do STF, acatou um pedido da defesa de Flávio e determinou a suspensão das investigações pelo Ministério Público do Rio e da tramitação no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) de recursos relacionados ao caso, até o julgamento do tema pelo Supremo.