Em vídeo, Bolsonaro se diz contra medicamentos grátis para HIV
"Se não se cuidou, o problema é deles", diz candidato do PSL
A rede pública de saúde oferece gratuitamente medicamentos para HIV no Brasil, mas para o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, o Estado não deveria custear o tratamento para quem precisa. A afirmação foi feita em um vídeo de 2010, durante entrevista para ao extinto programa CQC, da Band.
No vídeo, o capitão reformado afirma que não se deve usar dinheiro do poder público para tratar quem contrai doenças em atos sexuais, classificando, dessa forma, a população LGBT como grupo de risco.
“Uma pessoa que vive na vida mundana depois vai querer cobrar do poder público um tratamento que é caro”, criticou. “Se não se cuidou, o problema é deles”, respondeu à repórter Monica Iozzi.
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De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, existem hoje no país 830 mil pessoas com HIV, número que, segundo Drauzio Varella, poderia ser muito maior sem a gratuidade do SUS. Durante um seminário em Brasília este ano, o médico afirmou que se o país não tivesse adotado essa política, hoje, ao invés de 860 mil, o Brasil teria 18 milhões de brasileiros com HIV.
Desde 1996, o SUS (Sistema Único de Saúde) distribui gratuitamente o coquetel antiaids para todos que necessitam de tratamento. O programa revolucionou o tratamento e reduziu a velocidade de disseminação da epidemia mundial no país.