Em vídeo, Flordelis se defende e diz que não irá para o inferno
Pastora se diz vítima de injustiça e que sua inocência será provada nos próximos dias
Em uma entrevista exclusiva ao SBT, que vai ao ar na próxima segunda-feira, 31, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) falou pela primeira vez após a condenação pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 2019.
Ao ser questionada pelo apresentador Roberto Cabrini sobre a possibilidade de perder a imunidade parlamentar e ir para a cadeia, a deputada disse que não será presa. “Eu tenho certeza que minha inocência será provada nos próximos dias”, afirmou.
Flordelis definiu o momento como o pior da sua vida e disse estar sendo vítima de injustiça. “Eu não matei, eu não fiz isso que estão me acusando”.
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A pastora também comentou sobre uma mensagem que teria sido enviada do celular dela para um dos filhos pedindo ajuda para pôr fim à situação. “André, pelo amor de Deus, vamos pôr um fim nisso. Me ajuda. Cara, tô te pedindo, te implorando. Até quando vamos ter que suportar esse traste no nosso meio?”, dizia a mensagem.
Flordelis disse que jamais chamaria o marido de traste e que não foi ela que escreveu o texto. Segundo ela, seu celular era comunitário na casa, e todos seus filhos tinham acesso ao aparelho.
“Eu só quero que o Ministério Público venha até mim e me diga qual o motivo me levaria a matar o meu marido”, disse. Cabrini, então, pergunta se ela te esperança de um dia reencontrar o marido no céu ou no inferno. E ela responde: “No céu com certeza”.
Investigação e prisões
Na segunda-feira, 24, oito pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na morte de Anderson do Carmo. Entre elas, estão cinco filhos e uma neta de Flordelis. A deputada nega participação no crime e não pode ser presa por causa da imunidade parlamentar.
Anderson foi executado com mais de 30 tiros em 16 de junho de 2019, na porta de casa, em Niterói. Na época, Flordelis disse que ele havia sido vítima de uma tentativa frustrada de assalto ao tentar proteger a família dos bandidos.
O inquérito concluiu que o pastor Anderson foi morto por questões financeiras e poder na família, já que ele controlava todo o dinheiro do Ministério Flordelis, hoje rebatizado de Comunidade Evangélica Cidade do Fogo.
De acordo com as investigações, Flordelis já planejava desde 2018 a morte de Anderson. Segundo a polícia, antes do assassinato a tiros, Flordelis tentou matar o marido pelo menos quatro vezes — uma delas com doses de arsênico na comida. Veja mais aqui.