Enfermeiras contam como gravaram o médico sem que ele notasse

Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante estuprando uma grávida durante uma cesariana

Enfermeiras e técnicas do Hospital da Mulher Heloneida Studart de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, contaram à Polícia Civil como fizeram para gravar o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra estuprando uma grávida durante uma cesariana, sem que ele notasse que estava sendo filmado.

Enfermeiras contam como gravaram o médico sem que ele notasse
Créditos: Reprodução/TV Globo
Enfermeiras contam como gravaram o médico sem que ele notasse

Segundo as enfermeiras, um telefone celular foi colocado dentro de um armário que tem uma porta de vidro escura que pelo lado de fora não é possível ver o que tem dentro, mas de dentro dá para ver a área externa.

O aparelho ficou de pé, na parte alta do armário, com a lente registrando a mesa de cirurgia onde o parto foi realizado. Com o armário fechado, quem estava na sala não via o celular, mas ele registrava tudo que acontecia na mesa de cirurgia.

Umas das enfermeiras que trabalhava com o médico anestesista revelou ainda que percebeu movimentos estranhos dele em outras operações. “Agora, ele tá com capote. Mas antes ele tava sem capote. Então dava pra ver movimentos”, acrescentou uma das enfermeiras, aos policiais, quando explicava como ele se comportava.

Segundo o relato das enfermeiras, o médico anestesista já tinha participado de outras duas cirurgias naquela noite e elas já estavam desconfiadas da postura de Giovanni.

O que também corroborou para as suspeitas das profissionais, é que as pacientes vinham com uma forte dosagem de anestesia que ele aplicava e ainda uma preocupação exagerada com o local que ele ocupava durante o procedimento.

O médico anestesista foi preso em flagrante após ser filmado colocando o pênis na boca da mulher dopada que passava por uma cesariana. O vídeo serviu de prova para a prisão de Giovanni Bezerra. O médico anestesista foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

“É estarrecedor, muito reprovável, é gravíssimo que um crime desse tipo seja praticado por um profissional que lida com mulheres, que estava trabalhando dentro de um hospital destinado a mulheres”, disse a delegada responsável pelo caso, Bárbara Lomba.