Entenda por que Bolsonaro exonerou Mario Frias da Secretaria de Cultura

Conheça o novo nome que comandará a pasta

Mario Frias foi exonerado do comando da Secretaria Especial de Cultura, do governo Bolsonaro, nesta quinta-feira, 31, após um ano e nove meses na pasta. Ele foi substituído por Hélio Ferraz de Oliveira. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta.

Entenda por que Bolsonaro exonerou Mario Frias da Secretaria de Cultura
Créditos: Agência Brasil/Roberto Castro
Entenda por que Bolsonaro exonerou Mario Frias da Secretaria de Cultura

Mario Frias se filiou ao Partido Liberal, mesmo partido de Bolsonaro, no último dia 12m quando anunciou sua pré-candidatura a deputado federal por São Paulo.

Além disso, na semana passada, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou um convite para que ele explique o gasto de R$ 39 mil, com recursos públicos, em uma viagem que fez a Nova York, nos Estados Unidos, no final de 2021. Tal gasto gerou críticas ao governo.

Na viagem à Nova York, Hélio Ferraz, o novo secretário especial de Cultura, também estava presente.

Como foi apenas convidado, Mario Frias não é obrigado a comparecer na comissão. Na época em que o caso veio à tona, ele negou irregularidades.

O Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) a investigação dos gastos, mas ainda não houve decisão.

NOVO SECRETÁRIO

Hélio Ferraz de Oliveira antes de assumir a Secretária de Cultura, era secretário adjunto de Frias.

Apesar de não ser famoso, o nome de Hélio Ferraz ficou conhecido em 2020, ao ir junto com a Polícia Federal pedir as chaves da Cinemateca Brasileira, em agosto de 2020, quando a federação tomou posse da instituição. Naquela época, ele era secretário nacional do audiovisual substituto.

Hélio é advogado, inclusive de Mario Frias, de quem é muito amigo. Pela proximidade entre os dois, acredita-se que o perfil mais ideológico, alinha com o bolsonarismo deve ser mantido. Na prática, isso quer dizer que o esvaziamento da Lei Rouanet e de diversas outras políticas públicas da área provavelmente continuará.

Segundo informações obtidas pelo Jornal Folha de São Paulo, um servidor que preferiu não se identificar, contou que o novo secretário é conhecido no gabinete da Secretaria da Cultura por não trabalhar e por demorar a dar andamento em questões relativas à Cinemateca Brasileira.

Hélio é formado em direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e tem especialização em direito de família e sucessões, extensão em direito imobiliário. Essas informações são do seu currículo disponível no site do governo, preenchido à mão.