Escola da periferia se destaca por diálogo com a comunidade
Jovens em regime de liberdade assistida, pessoas com deficiência, adolescentes expulsos de suas escolas. Em São Paulo, aqueles que tradicionalmente são deixados à margem do sistema de educação encontram voz e vez no CIEJA Campo Limpo, escola que oferece Educação de Jovens e Adultos (EJA) para cerca de 1.300 pessoas na zona sul da cidade. E graças a essa “mania” de acolher os excluídos, a unidade foi eleita pelo Ministério da Educação (MEC) como uma das 178 instituições de ensino criativas e inovadoras do Brasil.
Uma das iniciativas que tornam a discreta casa verde de portões sempre abertos em referência nacional é o Café Terapêutico. Idealizado por Severino Batista da Silva, o professor Billy, o projeto acontece a cada 15 dias, quando toda a comunidade se reúne na escola para debater a inclusão. “Ao trabalhar com os jovens com deficiência intelectual, observei como eles e seus familiares tinham pouco conhecimento como cidadãos. Com esses encontros, esperava que aprendessem sobre seus direitos de falar, ser ouvido, decidir, escolher, opinar”, revela o educador.