Esposa de jogador do Palmeiras é agredida por torcedores em estádio
Após o empate do time, Bhel Dietrich, companheira do meia Bruno Henrique foi empurrada e xingada por um grupo de baderneiros em Curitiba
Na noite deste domingo, 20, o futebol brasileiro foi marcado por mais um episódio lamentável de violência, intolerância e desrespeito.
Bhel Dietrich, esposa do jogador Bruno Henrique, do Palmeiras, foi agredida por torcedores do alviverde paulista na saída da Arena da Baixada em Curitiba após o empate em 1 a 1 com o Athletico-PR pela 27º rodada do Campeonato Brasileiro.
De acordo com relatos confirmados pelo atleta e sua assessoria ao portal Globo Esporte, Bhel foi cercada, xingada e empurrada por um grupo de baderneiros que a reconheceu assistindo a partida. Segundo testemunhas, ela estava acompanhada de dois familiares, uma criança e um senhor, o que torna o ocorrido ainda mais detestável.
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Não é a primeira vez que o meia e sua família sofrem com a falta de senso dos torcedores. No início de setembro, depois da derrota por 3 a 0 diante do Flamengo, Bruno estava passeando com sua mulher nas ruas de São Paulo quando foi surpreendido e ofendido verbalmente por um homem que o chamou de “pipoqueiro”. Na ocasião, sua companheira interviu e cobrou respeito. “A gente tem vida também, quer xingar, vai no estádio”, repreendeu.
Em nota oficial, o Palmeiras advertiu as atitudes e ofereceu suporte ao atleta e seus familiares.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia veementemente o deplorável e constrangedor episódio ocorrido na saída do estádio neste domingo, após a partida contra o Athletico, em Curitiba, envolvendo a esposa do jogador Bruno Henrique e sua família.
É inadmissível que aconteçam situações lamentáveis envolvendo ataques de supostos torcedores a atletas, comissão técnica, dirigentes e seus familiares. O clube está dando todo o suporte necessário ao jogador e sua família”.
A segurança é um dos fatores que preocupa a FIFA quando cita o futebol na América Latina. Recentemente, casos graves no continente ganharam manchetes ao redor do mundo, como o clássico entre os argentinos River Plate e Boca Juniors pela final da última Libertadores da América, quando o ônibus do Boca foi apedrejado por torcedores rivais, deixando jogadores e membros da comissão técnica feridos – o jogo teve que ser decidido na Espanha algumas semanas depois.
Independente do país em que ocorra, qualquer intolerância ou gesto ofensivo contra a vida de qualquer pessoa deve ser combatido veementemente com leis rígidas, para que as ações dentro do âmbito esportivo não reflitam no dia a dia dos profissionais e nem do público em geral.