SP entra na fase vermelha da quarentena a partir de segunda-feira
Comércio não essencial não poderá abrir aos fins de semana e feriados em todo o estado
O Governo de São anunciou nesta sexta-feira, 22, durante uma coletiva de imprensa, mudança para a fase vermelha da quarentena, a mais restritiva. A partir de segunda-feira, 25, as regiões de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté estarão na fase vermelha do Plano São Paulo, com fechamento de comércios e serviços não essenciais.
As demais, incluindo a Grande São Paulo, ficarão na etapa laranja, mas com restrições da vermelha em dias úteis, após as 20h, e integralmente aos finais de semana e feriados.
Com isso, bares, restaurantes, shoppings e salões de beleza deverão permanecer fechados aos fins de semana e feriados. Durante a semana, deverão fechar às 20h e reabrir a partir das 6h do dia seguinte.
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Farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias, hotelaria e pet shops podem funcionar normalmente.
“Respeitamos opiniões contrárias, também empresários do setor de serviços, mas peço que compreendam que, sem vida, não há economia. São Paulo não faz governo populista, que cede a pressões e abandona o cidadão”, disse o governador João Doria ao anunciar as mudanças. “É nosso dever e obrigação, pela ciência e pelo bem comunitário, defender vidas”, afirmou.
Segundo o governo paulista, as medidas foram recomendadas por cientistas e médicos do Centro de Contingência do coronavírus. O grupo de especialistas orienta e aconselha as autoridades estaduais com base em índices epidemiológicos e hospitalares desde a confirmação do primeiro caso no Brasil, há quase 11 meses.
Com as restrições, é esperado que menos pessoas circulem nas ruas, evitando que o vírus também circule.
Uma morte a cada 6 minutos em SP
Nesta semana, São Paulo teve mais uma piora nos índices de contaminações e mortes causadas pela covid-19. O estado já ultrapassa a marca de 50 mil óbitos e está com 70,8% dos leitos de UTI ocupados.
“O cenário para os próximos dias não é tranquilizador, muito pelo contrário, são sombrios. Nós temos risco em São Paulo, se não tomarmos as medidas necessárias, de em pouco tempo termos dificuldade de oferecer leitos de UTI para pessoas que necessitem de tratamento”, declarou João Gabbardo Coordenador Executivo do Centro de Contingência.
“São Paulo apresenta um óbito a cada seis minutos. O tempo que demorarmos para tomar as medidas necessárias vai significar óbitos nesta velocidade”, completou.
O governo também anunciou que 756 leitos extras de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão sendo abertos em todo o Estado e cirurgias eletivas serão canceladas. Também volta a operar o hospital de campanha na estrutura interna do prédio do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Barradas, localizado em Heliópolis, zona Sul da Capital.