Estudantes e professores protestam contra cortes na Educação
A paralisação nacional da educação tem atos marcados em ao menos 13 estados do país
Contra os cortes na Educação anunciados pelo governo Bolsonaro, secundaristas, universitários, pós-graduandos, professores e outros profissionais vão às ruas nesta quarta-feira, 15 de maio, em manifestações marcadas por todo o país. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), os atos vão ocorrer em cerca de 13 estados.
ENTENDA O IMPACTO DOS CORTES DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
A mobilização nacional é uma preparação para a greve geral de todos os trabalhadores, marcada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho, “como primeiro passo para derrubar a proposta de mudanças da reforma da Previdência”.
Para a UNE, o governo usa o corte na Educação como “moeda de troca para aprovar a Previdência”. A entidade também afirma que já é possível considerar que esse é o momento com mais ataques à educação na história da recente democracia brasileira. “Nós não podemos ficar reféns de um governo que quer destruir as universidades”, afirmou a presidente da instituição, Marianna Dias.
O ato na cidade de São Paulo terá concentração a partir das 14h no MASP, na Avenida Paulista. Em comunicado, os reitores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) criticaram os cortes de verba das universidades federais e convocaram a comunidade acadêmica a “debater problemas da educação e ciência” nesta quarta-feira.
O Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) também divulgou uma nota em que informou que “conclama a comunidade acadêmica” para o debate e que os cortes de verba na área são um “equívoco estratégico”, com consequências para o desenvolvimento do país.
Confira abaixo ou neste link os eventos dos atos marcados:
Cortes na Educação
A “Greve Nacional da Educação” foi convocada pelas entidades da área e centrais sindicais em resposta ao bloqueio de recursos feito pelo Ministério da Educação, que afeta do ensino infantil aos cursos de pós-graduação.
Embora os cortes anunciados atinjam de forma mais imediata as universidade federais, as estaduais também são afetadas, pois recebem verbas de financiamento de agências de fomento ligadas ao governo federal.
No caso da educação básica, pela Constituição, esse nível de ensino é responsabilidade dos municípios, mas depende de verbas federais. Por exemplo, o programa de apoio à manutenção e reforma de escolas perdeu 30% de seu orçamento.
O ministro da pasta, Abraham Weintraub, disse que os recursos bloqueados poderão voltar se a reforma da Previdência for aprovada e a economia do país melhorar. De acordo com ele, o contingenciamento feito pelo MEC tem como objetivo cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) declarou que está aberto ao diálogo com todas as instituições de educação para “buscar caminhos para o fortalecimento do ensino no País” e que “os bloqueios de verba são preventivos”.
Saiba mais no vídeo abaixo:
#EducaçãoSim
Contra os cortes na Educação e a favor de um ensino de maior qualidade, a Catraca Livre lança a hashtag #EducaçãoSim.
A Catraca Livre acredita que sem investimento na área, não há possibilidade de o Brasil crescer de forma sustentável, gerando emprego e melhores salários.