Ex-marido agride influenciadora em shopping por discordar da duração de visita assistida

O homem estava levando embora o filho sem devida autorização da mãe

Um homem de 54 anos foi preso após agredir a ex-esposa, de 31 nos, em um shopping de João Pinheiro, Minas Gerais. O caso aconteceu no dia 29 de novembro, durante visita assistida ao filho do casal. A ação foi gravada por câmeras de segurança na região.

Ex-marido agride influenciadora em shopping por discordar da duração de visita assistida
Créditos: Reprodução/TV Globo
Ex-marido agride influenciadora em shopping por discordar da duração de visita assistida

A vítima é a influenciadora digital Nayara Oliveira, que tem medida protetiva contra o ex emitida pela Justiça após o registro de 4 ocorrências de violência doméstica e familiar. Também aparece no boletim de ocorrência que ela foi agredida por Sócrates Monteiro Porto ao tentar impedir que ele saísse do estabelecimento com a criança de 1 ano e 2 meses sem autorização.

A ocorrência diz que a agressão aconteceu após uma amiga de Nayara deixar a criança com ele e informar que a visita assistida deveria durar uma hora e meia. Neste momento, o homem ficou bravo e começou a xingar a mulher.

Na sequência, ele pegou o filho e desceu as escadas do estabelecimento em direção à saída. A amiga então alertou Nayara, que estava a trabalho em uma loja em outro lugar dentro shopping.

A mãe da criança foi em direção ao ex-marido para evitar que ele levasse o filho embora sem sua autorização. Ainda com a criança no colo, Sócrates bateu na ex-mulher com chutes e socos e ainda a derrubou no chão.

As agressões só pararam depois que as pessoas que passavam pelo local viram o ocorrido. A vítima sofreu lesões nas costas e no pescoço e foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Sócrates está detido desde última segunda-feira, 6, no Presídio João Pinheiro I. Em nota, a Polícia Civil disse que o inquérito policial foi finalizado e remetido à Justiça.

Briga de marido e mulher se mete a colher, sim!

Segundo o ditado popular, brigas entre casais devem ser ignoradas por terceiros. Mas vale lembrar que muitos dos casos de violência doméstica não são denunciados pela vítima por inúmeros motivos. Medo ou falta de informação inclusos. Então, meta a colher, sim! Qualquer pessoa pode – e deve – dar queixa desses casos.

Outra situação comum é achar que a denúncia “não vai dar em nada” contra o agressor, uma vez que nem sempre as circunstâncias e as leis permitem que ele seja detido ou punido no momento da denúncia.

Mas não se engane! A presença da polícia no local, por exemplo, pode inibir ações mais violentas naquele momento ou até no futuro.

Mas como denunciar violência doméstica?

Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.

É ou conhece alguém que sofre qualquer tipo de violência? Saiba onde e como denunciar:

Disque 180

O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.

Disque 100

O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.

Polícia Militar (190)

A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.

Atenção ao protocolo policial! O atendimento presencial de um chamado depende de muitos fatores, como a disponibilidade de uma viatura no momento e uma avaliação da gravidade da situação. A ameaça à vida e à integridade física de alguém são sempre prioridade em relação a outros chamados, por isso, é importante explicar exatamente o que está ocorrendo quando solicitar o atendimento ao 190. Fale se já ouviu outras discussões antes e ligue mais vezes caso a viatura demore a aparecer.