Exame de DNA confirma que corpo queimado é de adolescente gay
Mais um caso triste que prova que homofobia mata sim.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo confirmou nesta quinta-feira, 13, que o corpo encontrado carbonizado, em janeiro, em canavial de Cravinhos, no interior de São Paulo, é mesmo do adolescente Itaberlly Lozano, de 17 anos, morto em dezembro. As informações são do Estadão.
De acordo com a Polícia Civil, o rapaz foi morto pela própria mãe, com a ajuda do padastro, por ser gay. Tatiana Lozano Pereira confessou ter assassinado o próprio filho no início do ano.
Os restos mortais, que permaneciam no IML de Ribeirão Preto aguardando o resultado do DNA, foram liberados à família e serão sepultados nesta sexta-feira, 14.
Segundo testemunho da própria mãe de Itaberlly, ela teve ajuda de outros três jovens para o crime, executado na noite de 29 de dezembro, e do marido, padrasto do rapaz, para esconder o corpo. A justificativa para o crime? “Ele usava drogas e levava homens para casa”, disse Tatiana.
Poucos dias antes de ser assassinado, Itaberlly postou em uma rede social que a mãe o havia espancado por ser homossexual. “Lembrando que essa mulher que eu chamava de mãe me espancou e colocou uma renca de mlk (moleques) atrás de mim para me bater, me pôs para fora de casa e me deu uma pisa (surra), sabe por quê? Porque eu sou gay”, escreveu ele no texto.
O casal e os dois rapazes estão presos. O processo segue em segredo de justiça por envolver menores.
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