Fábio Assunção desabafa sobre luta contra vício: Trabalho diário
O ator criticou a invasão da imprensa em sua vida íntima
A luta de Fábio Assunção contra a dependência química foi revelada pela primeira vez em 2008, desde então, o ator tem travado uma luta diária contra o vício.
Em recente entrevista à revista Trip, Assunção desabafou sobre a dependência das substâncias químicas e, ainda, lamentou a falta de privacidade e a invasão da imprensa em sua vida privada.
“A primeira vez que achei que as coisas estavam saindo do meu controle, em 2008, fui ao AA [Alcoólicos Anônimos]. Estava me sentindo envergonhado, muito preocupado com as pessoas saberem. Cara, na hora que eu saí, tinha um paparazzo do lado de fora. Então, eu nunca tive a possibilidade de viver esse processo com privacidade”, declarou o ator.
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Fábio continuo falando, em seu ponto de vista, o que leva alguém a seguir pelo caminho da dependência de alguma coisa.
“Se você está feliz, se está com saudade, se tem uma perda ou se acaba um relacionamento, tem que vivenciar isso e dói. Essas coisas…”, disse ele. “Todo mundo sente o impacto desses sentimentos, não são sentimentos fáceis. Então acho que [fazer uso de substâncias químicas] foi uma forma de não sentir, uma coisa que eu não tinha preparo para me relacionar”, afirmou Assunção.
“As pessoas sofrem por várias razões, por medo, ou porque são eufóricas, ou porque são deprimidas, ou porque sentem muita raiva. O equilíbrio é você aprender a lidar com essas forças a seu favor e a favor do mundo”, continuou o famoso.
“Essa não é uma questão exclusiva das pessoas que têm ou tiveram histórico de uso de alguma substância, seja ela lícita ou ilícita, porque tem muita gente que desenvolve dependência de substâncias lícitas. A gente está aprendendo, não é uma resposta que só eu preciso encontrar”, desabafou.
Ainda à publicação, Fábio Assunção contou que recebeu um convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para, juntos, “formar uma comissão para discutir política de drogas”.
“O Brasil tem muito que aprender nessa área, que é muito central. Se jogar a droga na ilegalidade, ela vira um instrumento de extermínio. É muito pesado o que falei, mas o que o [João] Dória [ex-prefeito de São Paulo] fez na Cracolândia foi uma violação de direitos humanos flagrante, uma coisa absurda”, declarou ele, citando uma polêmica operação policial conduzida pelo atual candidato ao governo do Estado na Cracolândia, no ano passado.