‘Fake News faz parte da nossa vida’, defende presidente Bolsonaro

Jair Messias Bolsonaro é um dos investigados no inquérito das fake news do STF (Supremo Tribunal Federal)

Nesta terça-feira, 14, O presidente Jair Bolsonaro afirmou que as fake news (informações falsas) “fazem parte da nossa vida”. Ele declarou que não é preciso ter um regulamento para o assunto e que uma notícia falsa “cai por si só”. O chefe do Executivo ainda defendeu “deixar o povo à vontade”.

‘Fake News faz parte da nossa vida’, defende presidente Bolsonaro
Créditos: Reprodução/TV Senado
‘Fake News faz parte da nossa vida’, defende presidente Bolsonaro

“Tem que se comunicar bem, se comunicar mal não trem futuro. Fake news faz parte da nossa vida. Quem nunca contou uma mentirinha para a namorada? Se não contasse, a noite não iria acabar bem. Eu nunca menti para a dona Michelle [Bolsonaro, primeira-dama]”, falou durante evento no Palácio do Planalto.

De acordo com o presidente da República, “hoje em dia, o fake news morre por si só, não vai para frente [sic]”. Bolsonaro disse ser o que mais “sofre” com notícias falsas, porém não recorrerá à Justiça por isso.

“Se for levar em conta o que se fala do presidente nas mídias sociais, duvido quem apanha mais do que eu. Mas, em nenhum momento recorri ao Judiciário para tentar reparar isso”, disse.

“Eu entendo que o fake news [sic] é quase como um apelido: se botar um apelido no [ministro da Saúde, Marcelo] Queiroga e ele ficar chateado, vai pegar o apelido. Cai por si só, não precisamos de regular isso aí. Deixemos o povo à vontade”, falou.

Na contagem para o 7 de Setembro, Bolsonaro editou medida provisória que muda o Marco Civil da Internet e traz dificuldades para remoção de conteúdos e perfis de usuários pelas plataformas das redes sociais.

Crítico do inquérito das fake news do STF (Supremo Tribunal Federal), Bolsonaro é um dos investigados. No começo do mês, Bolsonaro sancionou projeto que substitui a Lei de Segurança Nacional. O presidente vetou o trecho sobre o financiamento de fake news no processo eleitoral.

Ainda no evento, o presidente alegou que não vai adotar medidas para regular ou censurar a mídia, mesmo a imprensa tendo “todos os seus defeitos”.

“Meu pai falava que ‘tem certas coisas que é [sic] igual à água de poço, só se dá valor quando se perde’. E a nossa liberdade de imprensa, com todos os seus defeitos, tem que persistir. No que depender de nós, jamais teremos qualquer medida visando censurá-la. Jamais”, declarou.