Feira Nacional da Reforma Agrária ocupa Parque da Água Branca
De 4 a 7 de maio, o Parque da Água Branca recebe a 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária, que oferece ao público alimentos saudáveis cultivados em acampamentos e assentamentos do país. Além da venda dos produtos, o evento tem música, rodas de capoeira, feira literária, teatro, programação infantil – tudo isso de graça.
Organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a feira vai contar com shows de Emicida, Tulipa Ruiz, Chico César, entre outros artistas. Os visitantes são convidados a conhecerem a Feira Literária, espaço de publicações em poesia e prosa, que traz também livros de cunho político-filosófico.
Já o Culinária da Terra, por sua vez, é uma praça de alimentação no meio da feira com pratos de todas as regiões, como pato no tucupi, acarajé, arroz carreteiro, galinha com pequi e outros quitutes.
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A programação político-cultural conta ainda com seminários. Entre eles, o “Alimentação Saudável – um direito de todos e todas”, que recebe as palestrantes Bela Gil, Letícia Sabatela, o ex-ministro da saúde Alexandre Padilha, o ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica, e o coordenador do MST João Pedro Stédile.
Em entrevista ao Catraca Livre, Antonia Ivoneide Silva (conhecida como Nenen), da direção nacional do MST, afirma que a realização das feiras está diretamente vinculada com a proposta de reforma agrária popular, em que a produção de ingredientes saudáveis traz o diálogo direto entre os camponeses produtores e a população consumidora.
“A feira representa mais do que vender produtos: é a cultura camponesa na cidade e a cultura da cidade para os camponeses. Uma vivência cultural, desde as apresentações de artistas, até a cultura da alimentação regional, os contos e o encontro”, explica Nenen.
De acordo com ela, a produção de comida saudável é a principal função da terra conquistada pela luta do MST. “Nós produzimos alimentos para nossas famílias e para a sociedade; o agronegócio produz mercadoria baseado no monocultivo destruidor dos bens da natureza, alto uso de agroquímicos e agrotóxicos, com sementes modificadas geneticamente.”
“Ao mesmo tempo, o evento garante a possibilidade de a população de São Paulo adquirir produtos diretamente da roça ou da cozinha dos produtores. Além de saber como são produzidos, também garante uma renda direta para os agricultores assentados da reforma agrária”, finaliza a integrante do MST.
Confira a programação completa abaixo:
