Filho do presidente da Argentina se declara não binário após decreto do pai
Batizado como Estanislao Fernández, Dyhzy disse que também mudará o nome.
Dyhzy, filho do presidente argentino Alberto Fernández revelou que mudará seus documentos para passar a ser identificado como do gênero não binário.
O anunciou ocorre um dia após o governo decretar a incorporação da letra X nos Documentos Nacionais de Identidade (DNI) e nos passaportes, de modo a identificar oficialmente os cidadãos não-binários, ou seja, cidadãos que não se identificam nem com o sexo feminino nem com o masculino.
Em uma rede social, Dyhzy disse: “quando o Estado reconhece uma lei, essa lei vai se naturalizando. Hoje não é diferente, não chama a atenção ver um casal homossexual se casando, pois se aprovou o matrimônio igualitário. Esse tipo de direito é necessário ser reconhecido pelo Estado. Mais do que falta, as pessoas precisam primeiro se descontruir, mais gente vai naturalizar isso. Obviamente que existe gente do mal: transfóbica, homofóbica”.
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Batizado como Estanislao Fernández, Dyhzy afirmou ainda que também mudará o nome. “Nunca na minha vida eu me senti identificado com esse nome”.
Entenda o que é não binário
O próprio nome já diz: sem binaridade, ou seja, não é homem, não é mulher, não é transexual, o termo se refere à ausência de gênero.
Vale ressaltar que a não-binaridade não tem a ver com a sexualidade da pessoa em questão, no caso por quem ela se atrai.
Para entender mais, suponhamos que um um homem tenha nascido no gênero masculino e isso não afeta a integridade dele, ou seja, ele é uma pessoa cisgênera por simplesmente se identificar com o gênero designado a ele ao nascer.
O que não acontece, por exemplo com pessoas transgêneras, que não se identificam com o gênero imposto ao nascer. Isso se aplica também a uma pessoa não-binária, que também não se identifica com o gênero que nasceu. Nem homem, nem mulher, apenas não-binário.