‘Fiz tudo o que podia’, diz Sari Corte Real no ‘Fantástico’

Sari afirmou que prestou socorro e levou o menino e a mãe ao hospital

Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, morreu no início de junho, após cair do 9º andar de um prédio no bairro de São José, no Centro do Recife. Ele era filho de uma empregada doméstica, e a patroa, Sari Corte Real, chegou a ser presa como responsável, pagou fiança e responde a inquérito policial em liberdade. Neste domingo, 5, ela deu entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo.

Na conversa,  ela reafirmou que não apertou o botão do elevador e disse que não imaginava que uma tragédia poderia acontecer. Sari também alegou que prestou socorro e levou o menino e a mãe ao hospital.

Em carta à ex-patroa, Mãe de Miguel diz que não perdoa e pede punição
Créditos: Reprodução
Em carta à ex-patroa, Mãe de Miguel diz que não perdoa e pede punição

Sari, primeira-dama de Tamandaré (PE), deixou Miguel sozinho dentro do elevador. A criança se perdeu e morreu ao despencar de uma altura de aproximadamente 35 metros.

Miguel estava passando o dia no trabalho da mãe, no apartamento localizado no 5º andar do Píer Maurício de Nassau, um dos prédios das Torres Gêmeas, no bairro de São José, em Recife.

A perícia identificou, por meio das imagens de câmeras de segurança, que ele apertou diversos botões do elevador.

Sobre a possibilidade de ser presa, ela disse no “Fantástico” que cumprirá o que for determinado pela Justiça.

Funcionária fantasma de Tamandaré

Mirtes Renata de Souza, mãe de Miguel, foi contratada como servidora pública da Prefeitura de Tamandaré. Entretanto, a moça exercia a profissão de empregada doméstica na residência do prefeito da cidade, Sérgio Hacker Corte Real (PSB).

Mirtes perdeu o filho após deixa-lo sob os cuidados da primeira-dama de Tamandaré
Créditos: Reprodução/Globo
Mirtes perdeu o filho após deixa-lo sob os cuidados da primeira-dama de Tamandaré

De acordo com o jornal Extra, no dia 1º de fevereiro de 2017, o prefeito inseriu a sua funcionária pessoal no quadro dos servidores do município.

Na folha de pagamento da prefeitura, consta que ela recebia um salário de R$ 1.517,57 até março de 2020. Nos dois últimos meses, abril e maio, o pagamento baixou para R$ 1.093,62, que é o valor atual do salário mínimo.

Na descrição do contrato, a carga horária de Mirtes aparece com um total de zero horas semanais, o que pode ser entendido como “funcionária fantasma”.

Ainda de acordo com a publicação, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) confirmou que deu início as investigações na Prefeitura de Tamandaré.