Floresta em pé: superando a pobreza plantando florestas e limpando cidades

Iniciativas como o Reciclo estão reduzindo resíduos, gerando renda e impulsionando a economia circular. Entenda:

Entenda como a bioeconomia, com foco na preservação das “florestas em pé” e na economia circular, está promovendo a inclusão social, econômica e a sustentabilidade.

Exploraremos iniciativas como o Reciclo que estão reduzindo resíduos, gerando renda e impulsionando a economia circular. Juntos, esses esforços estão moldando um futuro mais verde e igualitário.


A bioeconomia oferece uma abordagem que prioriza comunidades como fornecedoras de insumos sustentáveis
Créditos: Divulgação | Mandú Inovação Social
A bioeconomia oferece uma abordagem que prioriza comunidades como fornecedoras de insumos sustentáveis

Vem com a gente!

Fazendo da Economia um espaço Inclusivo e sustentável

Totalmente entrelaçado à floresta em pé, a bioeconomia oferece uma abordagem que prioriza comunidades como fornecedoras de insumos sustentáveis.

Isso significa substituir a derrubada de florestas para a pecuária por uma prática mais sustentável: “Plantar floresta onde hoje são pastos”, nos diz Felipe Bannitz, CEO da Mandu Social.

Ele ainda explica que a “floresta em pé” trata-se de uma oportunidade para o poder público e privado de “fazer da economia um lugar para todos” com direcionamento de valorização à identidade comunitária e à sustentabilidade.

As indústrias alimentícia, cosmética e biomedicina têm crescente interesse por produtos florestais e muitos deles são mais facilmente acessados por comunidades em áreas de proteção ambiental, Terras Indígenas e Quilombolas que passam a ser fornecedoras capazes de contar sobre seus territórios e suas histórias para os consumidores.

Um exemplo disso é a iniciativa Origens Brasil, que promove o comércio ético com garantia de origem, transparência, rastreabilidade da cadeia produtiva a partir de um selo QR Code que as empresas compradoras podem usar em suas embalagens e apresentar essas histórias no celular do consumidor dentro do supermercado.

É possível perceber após um bate-papo com Bannitz que ações como estas, não só geram oportunidades econômicas e de preservação de biomas, mas também geram valorização da identidade comunitária local.

Benefícios além da Economia

De acordo com o CEO, a bioeconomia vai além das preocupações econômicas. Ele ressalta que também estimula “uma maneira de ordenamento econômico comunitário que fortalece a floresta”.

Isso significa que a abordagem melhora a saúde financeira das comunidades, a partir da preservação dos ecossistemas florestais, fortalecendo o papel delas como guardiãs da biodiversidade.

Bannitz enfatiza que a bioeconomia é uma conversa sobre “saúde financeira” e “sustentabilidade” que vai ao encontro às necessidades “sociais” básicas, como segurança alimentar e acesso a serviços básicos garantidos por políticas públicas.

Mais ainda, a partir das inúmeras experiências em negócios sociais inovadores, Felipe Bannitz nos alerta que projetos como estes dependem, entre outros fatores, de ouvir os desejos e identidade da comunidade em questão.

Soma-se ao desejo comunitário, as possibilidades sustentáveis de mercado e acesso às políticas públicas e parcerias privadas.

Reduzindo resíduos e estimulando a Economia Circular

Paralelamente, para fortalecermos nossa resiliência climática, além de plantarmos florestas, é fundamental reduzir a geração de resíduos nos centros consumidores.

Bannitz sugere “reaproveitar esses insumos através da coleta seletiva e a venda de resíduos para indústrias, além de oferecer serviços de coleta para prefeituras, indústrias, comércios e grandes eventos”.

A coleta seletiva traz uma série de benefícios ambientais significativos. Ao separar e reciclar materiais, reduzimos a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários, minimizando a necessidade de extração de matérias-primas nos biomas já fragilizados.

Essa prática não apenas reduz o impacto ambiental, mas também cria oportunidades de inclusão econômica e superação da pobreza, como podemos ver no caso  Reciclo, sucesso na implantação da coleta seletiva e geração de renda para catadores e catadoras.

O caso Reciclo e a economia circular

O Reciclo é uma iniciativa exemplar que se destaca no fortalecimento da coleta seletiva e na criação de oportunidades econômicas para catadores e catadoras.

Fruto da colaboração entre a Vale e a Mandú, esse projeto abrange 12 associações e a Rede de Economia Solidária dos Catadores Unidos do Espírito Santo (Reúnes), com a participação direta de cerca de 200 pessoas.

O projeto oferece treinamentos, consultorias e mentorias, além de investimentos em infraestrutura para as associações de catadores, impulsionando a organização do trabalho e a comercialização dos materiais recicláveis de forma mais eficiente.

Além de contribuir significativamente para a redução dos resíduos descartados inadequadamente no meio ambiente, garante renda e qualidade de vida aos (as) catadores(as).

Por fim, a bioeconomia, a economia circular e a abordagem da Mandu Inovação Social estão focadas em criar uma economia mais inclusiva e sustentável.

Não se trata apenas de fornecer recursos, mas de capacitar as comunidades a serem protagonistas em um mercado que está em crescimento.

Como Bannitz afirma, “A Mandú tem foco em uma busca ativa, indo lá e escutando com profundidade as comunidades, seus sonhos e desafios”, uma abordagem que “valoriza o desejo endógeno das comunidades e conecta seus desejos com as necessidades da indústria”.

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