Fotos sugerem que miliciano foi executado, e não morto em confronto
Imagens revelam que Adriano Magalhães de Nóbrega foi morto com tiros disparados a curta distância
Fotos da autopsia do corpo de Adriano Magalhães de Nóbrega reforçam a suspeita de que o miliciano foi executado, e não morto em confronto, como afirmam os governos da Bahia e do Rio de Janeiro. As imagens foram publicadas pela revista Veja nesta sexta-feira, 14.
Adriano foi morto no último domingo, 9, após trocar tiros com a policiais em um sítio na zona rural da cidade baiana de Esplanada. Ele estava na propriedade de Gilson Batista Lima Neto, vereador do PSL conhecido como Gilsinho da Dedé.
Segundo a revista, Adriano foi executado com tiros disparados a curta distância, conforme consta no laudo da autopsia.
Nas imagens é possível perfurações de projéteis no tórax e no queixo. De acordo com a Veja o primeiro ferimento sugere que o disparo foi feito a menos de 40 centímetros de distância e o segundo tem características de tiro disparado depois que a vítima já estava no chão.
As imagens revelam ainda outros dois ferimentos –um corte na cabeça, que pode ter sido provocado por uma queda, um facão ou até uma coronhada; e uma queimadura no peito, que pode ter sido causada pelo cano de uma arma longa de grosso calibre.
Rachadinha
Ex-capitão do Bope, Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como “capitão Adriano”, era apontado como chefe do “Escritório do Crime”, milícia suspeita pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Adriano também era considerado peça-chave no esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.