Funcionários dos Correios entram em greve em todo o Brasil
Paralisação começou nesta segunda-feira, às 22h, e não há prazo para o fim
Algumas compras feitas nos últimos dias podem atrasar. Isso porque a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) entrou em greve nesta segunda-feira, 17, às 22h. Segundo a entidade, não há prazo para o fim da paralisação na estatal.
De acordo com a federação, os grevistas são contra a privatização dos Correios, reclamam do que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia do novo coronavírus e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.
Os Correios divulgaram nota sobre a decisão da categoria em realizar a greve. Confira:
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“Os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.
Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que a possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.
No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.
Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.
A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.
Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.”