Futura ministra Damares Alves relata estupro que sofreu de pastor

Aos 10 anos, ela pensou em se matar, e chegou a subir em uma goiabeira com veneno de rato dentro de um saquinho plástico.

Damares Alves, indicada para comandar o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro (PSL)
Créditos: Reprodução/TV Globo
Damares Alves, indicada para comandar o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro (PSL)

Em entrevista ao UOL, a futura ministra de Mulheres, Família e Direitos Humanos, Damares Alez, relatou de forma emocionada a série de estupros que sofreu de um pastor quando era criança.

A pastora revelou que foi estuprada por dois pastores da igreja que ela e a família frequentavam. Aos 10, ela pensou em se matar e conta que subiu em uma goiabeira com veneno de rato dentro de um saquinho plástico. A explicação do que a fez desistir foi “ter visto Jesus”.

“O primeiro abusador foi às vias de fato. Fui estuprada por dois anos. Ele dizia que eu era ‘enxerida’, que a culpa era minha e que, se falasse, meu pai morreria”, diz a futura ministra. O segundo, que a machucou quatro vezes, em uma delas, ejaculou em seu rosto. “Falar sobre isso me dói. Me expor custa demais. Mas entendo que preciso passar a mensagem de que sobrevivi”.

Leia a entrevista completa de Damares no site da UOL.

Bolsa-estupro

Damares quer aprovar um projeto que ficou conhecido como “bolsa estupro”. O Estatuto do Nascituro procura garantir direitos aos fetos e pode transformar o aborto em crime hediondo. A gestante, no entanto, receberia um valor mensal para manter a gravidez – razão pela qual o estatuto ganhou esse apelido.

O auxílio à vítima deveria ser paga pelo estuprador. Caso o criminoso não seja identificado, a bolsa seria concedida pelo Estado. A futura ministra garantiu que não haverá modificação em relação à lei sobre aborto em sua gestão.