Futuro ministro de Bolsonaro é condenado por improbidade
A acusação diz respeito a irregularidades em uma área de preservação ambiental
O advogado Ricardo Salles (NOVO), futuro ministro do Meio Ambiente, foi condenado nesta quarta-feira, 19, por improbidade administrativa. O juiz Fausto José Martins Seabra determinou pagamento de multa e suspensão de direitos políticos por três anos.
A ação foi movida pelo Ministério Público de São Paulo, em maio de 2017, quando Salles era secretário do Meio Ambiente do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). A acusação diz respeito a irregularidades em uma área de preservação ambiental que abrange 12 cidades da Grande São Paulo.
“Os documentos acostados, além dos depoimentos dos demandados e das testemunhas, comprovam de modo satisfatório que o então Secretário de Estado do Meio Ambiente incidiu no artigo 11, I, da Lei nº 8.429/92, reiterando-se que tal proceder independe do prejuízo aos cofres públicos ou do enriquecimento do agente, exigidos nas figuras dos artigos 9º e 10 da LIA”, escreveu o juiz.
Segundo o UOL, Salles, em sua defesa, afirmou diversas vezes que as políticas de meio ambiente devem ser norteadas pelo “desapego ideológico”.
Salles leva um novo problema a Jair Bolsonaro. Antes de ser eleito, Bolsonaro afirmou que o seu ministério não teria lugar para corruptos condenados.
Nossos ministérios não serão compostos por condenados por corrupção, como foram nos últimos governos. Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes. Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 31, 2018