Bolsonaro anuncia Ricardo Salles para Ministério do Meio Ambiente

Ricardo já foi secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo e secretário particular do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB)

Ricardo Salles é anunciado no Ministério do Meio Ambiente
Créditos: divulgação
Ricardo Salles é anunciado no Ministério do Meio Ambiente

O presidente eleito Jair Bolonaro (PSL) anunciou neste domingo (9) mais um nome para compor sua equipe de trabalho: o advogado Ricardo Salles, que irá assumir o Ministério do Meio Ambiente.

Ricardo, que já era cotado para o cargo e era o nome preferido dos ruralistas, foi  secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo e também secretário particular do então governado Geraldo Alckmin (PSDB).

Com o anúncio, Bolsonaro fecha o time de 22 ministros que irão compor seu governo. A pasta era a única que faltava indicação e talvez uma das mais aguardadas. Durante o período eleitoral, Bolsonaro chegou a dizer iria fundir o Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura. Depois voltou atrás, mas disse que não desejava ter um ministro “xiita” na pasta.

Quem é Ricardo Salles?

Ricardo Salles faz parte do movimento Endireita Brasil
Créditos: reprodução/Facebook
Ricardo Salles faz parte do movimento Endireita Brasil

O advogado Ricardo de Aquino Salles, de 43 anos, é natural de São Paulo. Este ano, ele disputou, sem sucesso, uma vaga para deputado federal por São Paulo pelo Partido Novo. Salles preside o Movimento Endireita Brasil, que defende uma nova direita no cenário político brasileiro.

O ex-secretário de Meio Ambiente de São Paulo é investigado por supostamente ter favorecido empresas de mineração, adulterando mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê.

Salles também é investigado pelo Ministério Público Estadual por intermediar processos administrativos e outras atividades supostamente ilícitas na Junta Comercial de São Paulo.

O nome de Ricardo Salles foi indicado á pasta do Meio Ambiente por várias entidades ligadas ao setor produtivo, como o agronegócio, construção civil, comércio e indústria.  Ele chegou a receber apoio da Sociedade Rural Brasileira e a União da Agroindústria Canavieira (Unica) e também de setores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).