Garçonete é morta a facadas por ex enquanto tomava sorvete
Relacionamento durou cinco meses e há dois estavam separados, mas ele não aceitava o término
Na noite desta quinta-feira, 21, uma garçonete de 25 anos foi vítima de feminicídio em Araraquara (SP). Ela estava tomando sorvete com um amigo em uma praça quando foi morta.
O principal suspeito é o ex-namorado, Dagner Ribas dos Santos Silva, de 33 anos, que está foragido. Eles tiveram um relacionamento por cinco meses e há dois estavam separados, mas ele não aceitava o término.
Danielly Teles Baffa ia fazer 26 anos na próxima terça-feira, 26. Na hora do crime, ela e o amigo compraram o sorvete em uma lanchonete e sentaram em uma praça. Dagner chegou de moto e foi para cima do amigo dela, que correu.
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Nesse momento, a vítima foi esfaqueada nos braços, pescoço e pernas. O ex tentou fugir com a moto, mas não conseguiu ligá-la e foi embora a pé.
Segundo o G1, quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou, a garçonete já havia morrido.
Desde 2015 existe uma lei que considera o feminicídio crime hediondo com pena de 12 a 30 anos de prisão. Feminicídio é o homicídio de mulheres como crime hediondo quando envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher e violência doméstica e familiar. A lei define feminicídio como “o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino”, e a pena prevista para o homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.
#ElaNãoPediu: Catraca lança campanha contra violência doméstica
Os números são impactantes: pesquisas mostram o crescimento de vítimas de feminicídio e agressões contra mulheres a cada ano no Brasil. De 2017 para 2018, por exemplo, a alta de feminicídios foi de 4%.
Em 2017, mais de 221 mil mulheres procuraram delegacias de polícia para registrar agressões em decorrência de um problema social complexo, bastante conhecido, mas pouco debatido: a violência doméstica.
Os dados são do Atlas da Violência e do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019. Esse tipo de violência atinge principalmente mulheres negras, mas também faz entre suas vítimas mulheres brancas, indígenas, pardas, amarelas.
Não faz distinção entre adultas, idosas, jovens e crianças, nem entre mulheres cis ou trans, e héteros, lésbicas ou bissexuais.
Depois de consultar especialistas no tema, a Catraca Livre desenvolveu a campanha #ElaNãoPediu, de enfrentamento à violência doméstica.