Os impactos da greve dos caminhoneiros no transporte das cidades
Veja a situação do transporte no Brasil nesta quinta-feira
Em seu quarto dia, a greve dos caminhoneiros afetou o transporte público de diversas cidades do Brasil. Por causa da dificuldade no abastecimento de combustível, as empresas estão reduzindo o número de ônibus em circulação. Caso a paralisação persista, a situação pode ficar crítica a partir de sábado.
Os impactos da greve foram sentidos em outros setores econômicos. Além da falta de gasolina, há relatos de desabastecimento de alimentos, especialmente de produtos como frutas, verduras e legumes. Desde segunda-feira, 21, caminhoneiros bloqueiam as principais estradas do país em protesto contra o aumento nos preços dos combustíveis e pedem ao governo a redução de impostos.
Abaixo, confira a situação do transporte de algumas cidades no Brasil:
São Paulo
A prefeitura de São Paulo divulgou comunicado oficial informando que o rodízio municipal de veículos estará suspenso nesta quinta-feira, 24. Segundo a nota, a gestão autorizou as empresas de ônibus a reduzir em até 40% a frota em operação no horário de entrepico.
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Durante o início da manhã, as empresas conseguiram circular com até 97% da frota, índice que caiu para 95% às 8h. Dos 14 mil ônibus previstos para o horário, 500 não foram para as ruas.
“Em negociação mantida pela administração municipal com a Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, ficou acertado que, à diferença do que ocorre normalmente, a CPTM e o Metrô vão manter 100% de suas frotas em operação no período de entrepico para compensar a ausência de parte dos ônibus”, diz o texto da prefeitura.
A gestão informou que recorreu recorreu à Justiça nesta quinta-feira para “garantir o abastecimento de combustível para os ônibus da frota municipal e para os caminhões que fazem a coleta de lixo na cidade”.
“A Prefeitura pede a imediata cessação dos atos de protesto que impeçam ‘a saída dos veículos destinados ao abastecimento da frota de ônibus do transporte público do Município de São Paulo das distribuidoras’ e ‘a saída dos veículos destinados ao abastecimento da frota de veículos envolvidos nos demais serviços públicos essenciais'”. Em caso de descumprimento, o governo municipal fixou multa diária de R$ 1 milhão.
Já o Aeroporto de Guarulhos divulgou um comunicado informando que tem armazenamento de combustíveis suficiente para abastecer os voos de origem. A nota recomenta que os passageiros monitorem os voos junto às empresas aéreas e fiquem atentos às condições de trânsito até o local.
Rio de Janeiro
O sistema de transporte no estado do Rio de Janeiro opera com 67% do total da frota nesta quinta, informou a Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro). No total, 7.590 coletivos deixaram de circular. Por isso, os intervalos de tempo entre as viagens estão maiores.
Na capital, o BRT funciona com 50% da frota. Todas as estações da avenida Cesário de Melo, nos corredores Transoeste e Transcarioca, trecho entre Madureira e Fundão, estão fechadas.
Distrito Federal
No Distrito Federal, a circulação segue normal até o momento, de acordo com a Associação Brasiliense das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiro (Transit), que representa as cinco empresas responsáveis pelo transporte de 75% dos passageiros.
Segundo o presidente executivo da associação, Sebastião Barbosa Neto, houve redução de usuários em alguns locais, pois muitos estão deixando de usar o transporte com medo de não conseguir retornar para casa no final do expediente.
Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, a circulação dos ônibus foi cortada pela metade nos períodos de menor pico, entre 9h e 16h e entre 20h e 0h. Nos demais horários, a frota é mantida integralmente, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setrabh).
Caso o desabastecimento permaneça, o sindicato diz que a partir de amanhã a situação pode se agravar e, no sábado, “há risco grande de parar”.
Recife
No Recife, em horário de pico, das 5h às 8h, a circulação dos ônibus foi reduzida de 10% a 30%, segundo o órgão gestor, a Grande Recife Consórcio de Transporte.
O consórcio autorizou as empresas a reduzir a circulação de metade dos veículos fora do horário de pico, 8h às 17h, para economizar combustível, e garantir a volta dos trabalhadores para casa ao final do expediente. “Essas medidas contingenciais são uma tentativa de prolongar o serviço de transporte público o máximo possível, até a solução definitiva por parte do governo federal”, informou o consórcio, em nota.
Com informações da Agência Brasil
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