Marca erra feio mais uma vez e campanha é acusada de machismo
Relembre as outras polêmicas envolvendo a loja Reserva
A grife carioca Reserva errou feio ao lançar sua campanha do Dia dos Namorados deste ano e foi acusada de machismo nas redes sociais. Em vídeos e stories no Instagram, a marca fez uma “brincadeira” usando o áudio conhecido como “Gemidão do Zap”. Após as publicações, seguidores da loja escreveram comentários afirmando que a ação exalta a pornografia e desrespeita as mulheres.
O “Gemidão do Zap”, que repercutiu em 2017, consiste em enviar um vídeo pelo WhatsApp em que o áudio é trocado por um gemido feminino e com conotação sexual. Como o volume é muito alto, quem recebeu o arquivo passa por constrangimento na frente de outras pessoas.
A Reserva foi fundada em 2004 pelo engenheiro de produção Rony Meisler e o publicitário Fernando Sigal. Em 2011, o apresentador Luciano Huck entrou como sócio da marca, que trabalha com moda sustentável e tem um programa social que, a cada peça de roupa vendida, doa cinco pratos de comida para quem passa fome.
Diante da repercussão negativa, a empresa pediu desculpas publicamente e apagou todos os posts relacionados. Segundo ela, a ação queria “falar sobre amor à flor da pele e sexo”. A marca ainda optou por não usar mais a campanha “por respeito às pessoas que se ofenderam”. Veja o texto:
https://www.instagram.com/p/Bi5jp88nA4C/?utm_source=ig_embed
Machismo e racismo
Essa não é a primeira vez que a loja foi acusada de preconceito em suas campanhas. Confira abaixo outros casos:
Em 2014, a Reserva recebeu críticas por colocas em suas etiquetas a frase: “Para entender melhor a simbologia de lavagem acesse: usereserva.com.br/cuidadoscomaroupa. Ou dê para sua mãe, ela sabe como fazer isso bem”. Na época, muitas pessoas disseram que a mensagem era machista e patriarcal. O fundador, Rony Meisler, defendeu a ação e afirmou que foi uma “brincadeira inocente”.
Em 2015, a grife lançou uma campanha com frases como “Galinha é um animal, Georgia é um ser humano” e “Macaco é um animal, Fabrício é um ser humano”. A ideia era discutir preconceitos, mas a interpretação de usuários do Twitter foi outra. De acordo com eles, a marca estaria comparando mulheres e galinhas, e homens negros a macacos.
Já em 2016, a polêmica envolveu uma ideia racista. A Reserva colocou manequins negros de cabeça para baixo na vitrine de uma loja no Rio de Janeiro. “Branco neste país está tão acostumado a tratar negros de forma desprezível que acham que seus atos são inocentes”, escreveu um internauta.
A desculpa da marca foi dizer que “toda identidade visual da Reserva é preta e vermelha, sendo seus manequins na cor preta, há mais de nove anos” e que, em época de liquidação, coloca os manequins de cabeça para baixo mesmo.
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