Empresa de Gugu pode ser condenada pela morte de duas crianças

Processo já dura 11 anos e a sentença deve sair no dia 29 de maio

Gugu Liberato

A empresa Promoart, que tem Gugu Liberato como proprietário, está envolvida em um processo judicial há 11 anos pela morte de duas meninas – Keilua Ferreira Baisotti, de 6 anos, e Kawai Ferreira Baisotti, de 12 – e está perto de receber a sentença definitiva.

No processo, a empresa aparece como uma das responsáveis pelo acidente doméstico que levou as vítimas a óbito, após inalarem gás durante o banho. O fato ocorreu dentro de um apartamento localizado embaixo da cobertura que havia passado por uma reforma quando ainda era da Promoart.

Em nota, a Promoart comunicou que se desfez do imóvel antes do acidente. De acordo com eles: “Para realizar a reforma do imóvel, a PROMOART contratou os serviços da empresa SFERA ENGENHARIA, a qual se responsabilizou pela integral execução das obras. Por consequência a SFERA ENGENHARIA e seu engenheiro responsável respondem a processo movido pela PROMOART.”

O fato é que a mãe das crianças, Conceição Gonçalves Ferreira, processou não só a marca do comunicador, como também o Condomínio Barra Beach, o engenheiro Ronald Stourdze D’angelo Visconti e a Sfera Engenharia, pela fatalidade. A audiência está marcada para o dia 29 de maio e Conceição está confiante que justiça será feita.

“Espero pelo fechamento de um ciclo. Há 11 anos, aguardo por Justiça. O caso das minhas filhas não pode ser encarado como mais uma estatística. Existem responsáveis pela morte deles, e eles têm responder por isso”, desabafou em entrevista ao jornal “Extra”.

Morando na Itália há 20 anos, a mulher contou que as herdeiras vieram ao Brasil ficar com a avó materna e com o padrasto, que morava abaixo da cobertura. “Ele as levou à praia e depois subiram para o apartamento para que elas tomassem banho e comessem pizza. Só soube de tudo por telefone porque tive que voltar à Itália para um trabalho”, explicou.

Conceição revelou também que o apresentador chegou a lhe oferecer dinheiro para ‘reparar’ a tragédia. “[…] A advogada de Gugu me ofereceu um acordo em torno de R$ 200 mil. Nem sei de quanto é essa causa. Minhas filhas deveriam estar vivas. Mas parece que só mexendo no bolso das pessoas para elas entenderem o que é a dor de uma mãe”.

Íntegra da nota enviada pela assessoria da Promoart:

a)A PROMOART nunca foi a proprietária do imóvel onde faleceram as crianças, mas, sim, a proprietária de outra unidade, situada na cobertura do prédio. Sendo certo que à época do acidente a PROMOART já nem era mais a proprietária da cobertura no Condomínio Barra Beach;
b) Para realizar a reforma do imóvel, a PROMOART contratou os serviços da empresa SFERA ENGENHARIA, a qual se responsabilizou pela integral execução das obras;
c) Por consequência a SFERA ENGENHARIA e seu engenheiro responsável respondem a processo movido pela PROMOART;
d) Até a presente data, nenhuma pericia realizada foi conclusiva quanto a real causa do acidente. O que se tem como certo é que o banheiro onde ocorreu o vazamento de gás não estava de acordo com as regras técnicas, gerando deficiência que pode ter contribuído para o evento infeliz. Aliás, o Condomínio Barra Beach tem um histórico
de acidentes semelhantes, relacionados ao mesmo problema de escapamento de gás, todos anteriores às obras de reforma realizadas na cobertura;
e) O caso segue ainda sub judice e também são réus o próprio Condomínio Barra Beach e o proprietário do apartamento onde as crianças estavam hospedadas. O apresentador AUGUSTO LIBERATO não aparece como réu do processo, não podendo assim se manifestar.

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