Homem é acusado de matar ex-enteada para se vingar
Ex-padrasto de adolescente é suspeito de feminicídio; ele teria cometido o crime para se vingar da mãe da vítima
Na segunda-feira, 29, uma adolescente de 14 anos foi encontrada morta dentro da própria casa, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. A polícia procura o vidraceiro Paulo Evandro Roque da Silva, principal suspeito do crime.
Ele morou com a mãe da vítima por dez anos e teria cometido o crime para se vingar do fim do relacionamento. O caso é tratado como feminicídio.
O casal se separou em fevereiro deste ano, mas segundo Priscila Reis Gabriel, de 36 anos, mãe da vítima, ele não aceitava o término.
- 6 tipos de depressão, seus sintomas e como identificar
- Vacina da mpox é aprovada para adolescentes; veja o que diz a OMS
- Os sintomas dos diferentes tipo de depressão para ficar atento
- Paciente acusa médico de operar seu coração sem permissão em cirurgia de endometriose
A adolescente chegou a interferir em uma das brigas entre a mãe e o padrasto. Segundo relato de Priscila ao UOL, “Ele sempre reclamava dela, dizia que nossa separação foi por causa dela.”
“Minha filha estava na casa de uma das irmãs dela e só voltou para casa no domingo à noite. Deixei-a dormindo e saí”, contou a mãe. “Na segunda, quando chamei para ir à escola, percebi que ela não levantava. Peguei na mão dela e já estava gelada, morta, na cama.”
Feminicídio
Apenas no 1º trimestre deste ano, no estado de São Paulo, os casos de feminicídio aumentaram 76%.
Desde 2015 existe uma lei que considera o feminicídio crime hediondo com pena de 12 a 30 anos de prisão. Feminicídio envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher e violência doméstica e familiar. A lei define feminicídio como “o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino”, e a pena prevista para o homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.