Homem é torturado para assumir homicídio inexistente
Vítima apareceu viva 9 dias após a prisão de Fábio Araújo
Fábio Araújo dos Santos foi vítima de uma injustiça ao ser acusado de matar um homem a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital). Isso porque a pessoa que teria sido morta por ele está viva.
Isso mesmo. O jovem, de 21 anos de idade, foi preso a 100 quilômetros de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (MS), e ficou detido por dez dias. A suposta vítima apareceu no nono dia de sua prisão.
Neste período, ele alega que foi torturado por policiais para confessar a autoria do homicídio que nunca aconteceu. “Eles me afogaram, colocaram saco preto na cabeça”, declarou ao “Uol”.
Fábio relatou também que, para que a tortura acabasse, ele confessou o que os policiais queriam e disse ter matado o tal homem. “Os policiais ameaçaram que iriam me matar no brejo e falar que eu tinha trocado tiro com eles, alegar legítima defesa”, completou.
Entretanto, o delegado Bruno Santacatharina, que estava cuidando do caso, rebateu as acusações e disse que está sendo alvo de calúnia.
O caso teve início depois que um homem que havia denunciado um ponto de venda de drogas desapareceu e três testemunhas alegaram que a pessoa desaparecida foi morta por Fábio Araújo dos Santos, apontado como “disciplinador geral do PCC” na cidade, em retaliação.
Com base nisso, Santacatharina pediu a prisão temporária de Santos no dia 16 de fevereiro.